Billie Eilish quer que ouçam o seu novo álbum em sequência, do princípio ao fim
Hit Me Hard and Soft é o terceiro trabalho da cantautora e está desenhado para ser ouvido sem singles antes e de seguida. Edições em vinil, CD e cassete têm preocupações de sustentabilidade.
Três anos depois, o terceiro álbum de originais de Billie Eilish já tem título e data marcada para lançamento: Hit Me Hard and Soft sai a 17 de Maio. A divulgação das novas faixas será simultânea, sem singles provocadores mas sim com uma ordem específica. Como os álbuns da era pré-Internet, sem saltitanços nem consumos aleatórios.
“Não fazendo singles, quero dar-vos tudo ao mesmo tempo”, escreveu a cantautora de 22 anos. Usando a rede social Instagram na segunda-feira para fazer o anúncio, explicou ainda que com o irmão e eterno colaborador, Finneas, “não podia haver mais orgulho neste álbum”.
A capa do disco, já revelada, mostra a jovem cantora submersa, descalça e a afundar-se sob uma porta branca — ou será a nadar rumo à mesma porta de madeira? Vestida de negro e com uma mera gota de água e ar a sair-lhe da boca, está na linha da imagem cuidada, não sexualizada e de um certo gótico moderno em que se inscreve — ao mesmo tempo que usa figurinos de género neutro ou no primeiro álbum se rodeava de cores primárias.
“O álbum faz exactamente o que o título sugere: atinge-nos com força e suavidade, tanto a nível lírico quanto sonoro e desafia tendências ao longo do caminho”, descreve o comunicado de imprensa que acompanhou as novidades sobre a data de lançamento do trabalho da cantora.
Na última semana, além das provocações no Instagram (que, segundo a analista Crowd Tangle, lhe deram mais sete milhões de seguidores naquela rede social), algumas cidades viram nas suas paredes e postes cartazes com letras que pertencerão aos temas do novo álbum.
Os momentos “mediáticos” mais recentes de Eilish, além dos teasers que colocava no Instagram, foram a sua actuação nos Óscares, de onde trouxe o seu segundo prémio de Melhor Canção Original pelo tema composto para Barbie (tornando-a a pessoa mais jovem a ter recebido dois Óscares), e a vitória, com o mesmo tema What was I made for?, de Canção do Ano nos Grammys. Não fica atrás nesta lista o facto de o tema Bury a friend ter feito o genérico da série True Detective: Night Country, da HBO.
Billie Eilish é já autora dos dois álbuns, When We All Fall Asleep, Where Do We Go? (2019) e Happier Than Ever (2021), e pelo caminho foi lançando música seja para filmes, com o sucesso supracitado, seja o trabalho ao vivo Live at Third Man Records, no estúdio de Jack White (2019) e ainda os EP Don't Smile at Me (2017), Guitar Songs (2022), e quatro versões ao vivo no mesmo formato de média duração. Foi com o tema Ocean eyes (2016) que começou a acumular fãs, mas foi com Bad guy (2019) que a sua fama disparou.
O álbum, além de uma inevitável versão digital, estará disponível em oito diferentes formatos de vinil, mas feitos de material reciclável. Todos têm a mesma lista de faixas, sem surpresas. Eilish comentou recentemente sobre a luta que é fazer uma digressão ou mesmo um álbum sustentável, em plena “crise climática”, e admitiu, numa entrevista à revista Billboard, que também lança diferentes versões de vinis e que isso é problemático, mas pode ser mitigado.
Os CD e o seu merchandising têm uma pegada carbónica transparente, explicada no site da cantora: nem os discos compactos nem as cassetes são embalados em plástico.
Além destes objectos, Hit Me Hard and Soft estará disponível em todas as plataformas de streaming musical.