Tribunal recusou acção para impedir extinção da Associação do Museu da Imprensa

Museu está encerrado desde Agosto de 2022. Autarquia vai reaver o edifício que cedeu - o Palácio do Freixo - para o município. Futuro da unidade museológica é uma incógnita.

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Museu da Imprensa está encerrado desde Agosto de 2022 Nelson Garrido/Arquivo
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De portas fechadas desde Agosto de 2022, o futuro do Museu da Imprensa continua a ser uma incógnita. A Câmara do Porto já não faz parte da associação que gere o espaço museológico desde o início do ano. O representante do Governo também já se desvinculou da estrutura. E, em Janeiro, os representantes da autarquia na assembleia geral da Associação do Museu da Imprensa (AMI) pediram a dissolução deste órgão associativo. Pouco tempo antes, o Centro de Formação de Jornalistas, de Luiz Humberto Marques, que durante décadas presidiu o museu, interpôs uma providência cautelar para impedir que a associação se extinguisse. A Câmara do Porto confirmou esta segunda-feira de manhã em reunião do executivo: o tribunal não aceitou a acção.

Maria Manuel Rola, do Bloco de Esquerda, questionou a câmara sobre a providência cautelar que foi interposta. E Rosário Gambôa, do PS, quis saber sobre o futuro da unidade museológica instalada no Palácio do Freixo - edifício que a autarquia cedeu ao museu e agora quer reaver para o município - e sobre o seu espólio.

Rui Moreira nada disse sobre o futuro do museu. Só garantiu que o espólio está salvaguardado, desde que o Ministério da Cultura o classificou. Para saber sobre o estado da acção movida pelo CFJ pediu a ajuda dos serviços jurídicos da autarquia.

É certo que o espólio está protegido. Mas fica por se saber se o Museu da Imprensa continuará a existir nos moldes e no local em que funcionou até encerrar portas em Agosto de 2022, após se ter considerado que o edifício junto ao rio Douro não tinha as condições de conservação necessárias para continuar a receber público.

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