Gaza, seis meses de guerra: diagnóstico e um olhar sobre o futuro

A guerra entre Israel e o Hamas trava-se noutros palcos para além da exiguidade de Gaza. A estratégia de Benjamin Netanyahu de esticar a corda ao máximo com os EUA tem resultado. Mas até quando?

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Criança palestiniana no meio da destruição provocada pelo Exército israelita no campo de refugiados de Al-Maghazi, no sul da Faixa de Gaza, no dia 29 de Março MOHAMMED SABER/Reuters
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Passaram seis meses desde que o Hamas perpetrou um horrendo atentado terrorista que matou aproximadamente 1200 pessoas e fez mais de 250 reféns, levando o Estado de Israel a declarar guerra contra aquele movimento. Esta guerra muito rapidamente passou a ser também uma guerra contra Gaza e a sua população civil, com mais de 2,3 milhões de habitantes — as estatísticas oficiais estimam que mais de metade é composta por crianças menores de 18 anos, que viram o cerco de mais de uma década imposto por Israel a tornar-se num bloqueio quase total de entrada de bens básicos à sobrevivência, como comida, água e medicamentos, assim como de saída de pessoas.

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