Van der Poel soma sexto “Monumento” da carreira na Paris-Roubaix

Ciclista neerlandês ganhou com autoridade em França, uma semana depois do terceiro triunfo na Flandres.

Foto
Van der Poel EPA/TERESA SUAREZ
Ouça este artigo
00:00
02:11

O ciclista neerlandês Mathieu van der Poel (Alpecin-Deceuninck) voltou a conquistar a clássica Paris-Roubaix, neste domingo, somando o sexto "Monumento" da carreira, com um ataque a cerca de 60 quilómetros da meta.

Van der Poel, que tinha vencido no "Inferno do Norte" em 2023 pela primeira vez, desta vez corrida com bom tempo, percorreu os 259,7 quilómetros entre Compiègne e Roubaix com o tempo de 5h25m58 s, deixando longe a concorrência.

O actual campeão do mundo atacou forte a cerca de 60 quilómetros da meta numa das muitas zonas de "pavé" (empedrado), quando ainda seguia junto de um grupo numeroso de ciclistas, e foi gradualmente, a solo, aumentando a vantagem para os perseguidores, pedalando rumo à meta daquela que é a mais emblemática de todas as clássicas, com uma velocidade média recorde na prova.

Mais atrás, o grupo de perseguidores "partiu" com o passar dos quilómetros, com Jasper Philipsen, colega de equipa de Van der Poel e vencedor este ano na Milão-Sanremo, a tentar isolar-se no segundo lugar na última dezena de quilómetros, perante a tentativa de resposta de Mads Pedersen (Lidl-Trek) e Nils Politt (UAE Emirates), com Stefan Küng (Groupama-FDJ) a descolar.

Os três chegaram juntos ao velódromo, mas Philipsen foi o mais rápido no sprint e repetiu o segundo lugar que tinha conquistado em 2023, com Pedersen a fechar no terceiro posto e Politt em quatro.

Uma semana depois do terceiro triunfo na Flandres, Van der Poel, que acumula também seis títulos mundiais no ciclocrosse, terminou com três minutos de vantagem sobre Philipsen e Pedersen, numa edição que não contou com uma dos principais rivais, o belga Wout van Aert, que falhou a corrida uma vez que recupera das lesões sofridas numa queda.

Este é o sexto "Monumento" conquistado por "MVDP" na carreira, segundo na actual temporada, pois para além dos dois triunfos na Paris-Roubaix, soma ainda três triunfos na Volta a Flandres (2020, 2022, 2024) e um na Milão-Sanremo (2023).

Tornou-se ainda no sexto corredor a conquistar o Paris-Roubaix com a camisola "arco-íris" de campeão mundial e o primeiro a conquistar a prova duas vezes seguidas desde que Tom Boonen o fez em 2008 e 2009.