FC Porto abatido pelos nervos e pela eficácia do Vitória

Vimaranenses não venciam no Dragão desde 2018-19. Portistas terminam reduzidos a dez, com expulsão de Pepe, e desperdiçam aproximação ao segundo lugar.

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Vitoriano Kaio César e portista Wendell em duelo no Dragão LUSA/MANUEL FERNANDO ARAÚJO
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O FC Porto voltou este domingo a cair no Estádio do Dragão, confirmando uma época errática na Liga, perdendo (1-2) perante o Vitória SC e desperdiçando ainda a possibilidade de capitalizar as derrotas de Benfica e Sp. Braga nesta 28.ª jornada. Já os vimaranenses aproveitaram para alcançar o rival minhoto no quarto lugar, a dois pontos dos portistas.

O Vitória SC, derrotado esta semana em casa (0-1), nas meias-finais da Taça de Portugal, pelos portistas, revelou enorme eficácia, com a obtenção de dois golos nas duas primeiras ocasiões. E só não deu o xeque-mate porque Kaio César falhou a terceira ainda no primeiro tempo de uma noite que acabou com Pepe expulso com vermelho directo.

No FC Porto, Diogo Costa e Francisco Conceição regressaram ao "onze" após suspensão, com Danny Namaso a ocupar a posição de Evanilson no ataque e Fábio Cardoso a de Otávio Ataíde, na defesa, ausências forçadas por razões disciplinares.

Por opção técnica, Álvaro Pacheco surpreendeu com a titularidade de Kaio César, em apoio mais directo a Jota Silva na linha da frente, que não apresentou nenhuma referência de área, ao contrário do jogo das meias-finais da Taça de Portugal.

O Vitória manteve a linha de cinco na defesa e passou os primeiros dez minutos a tentar bloquear as acções dos portistas, que poderiam ter dado frutos numa falha do regressado Jorge Fernandes.

O central perdeu a bola na transição para o ataque, corrigindo o erro ao impedir que Galeno finalizasse, em lance no limite do penálti. Logo a seguir, duplo azar do FC Porto, com Galeno a marcar na própria baliza, na sequência de um livre lateral.

Seguiu-se um período em que apenas Francisco Conceição agitou as águas, com o Vitória sempre na expectativa. A primeira parte entrava no último terço e o FC Porto ainda dispôs de um livre frontal.

Um lance de laboratório que “explodiu” nas mãos de Pepe e Diogo Costa, batidos por Jota Silva na resposta dos minhotos.

A defesa menos batida do campeonato consentia dois golos nos dois lances de ataque do opositor e o FC Porto passava a jogar sobre brasas. Pepê ainda esteve perto de reduzir a desvantagem, mas acabaria por ser Diogo Costa, a cinco minutos do intervalo, a evitar o terceiro golo vimaranense.

Sérgio Conceição tinha decisões para tomar, mobilizando o banco (Zé Pedro, Taremi e Iván Jaime avançaram para aquecimento) para uma troca que esteve iminente antes do descanso. O treinador decidiu esperar e Galeno reduziu em lance com o contributo decisivo de Pepê.

O FC Porto tinha 45 minutos para evitar o pior cenário e capitalizar as derrotas de Benfica e Sp. Braga, mas a primeira alteração foi a troca de um central, com Fábio Cardoso a ser sacrificado. Sem sinais de retoma e com o Vitória a cerrar fileiras, jogando com o tempo e os nervos do adversário, Sérgio Conceição deu a Taremi menos de meia hora para provar que pode recuperar o lugar na equipa.

Mas a estratégia do treinador portista foi traída pela expulsão de Pepe, após reacção desproporcionada a uma decisão do árbitro num lançamento lateral. A reacção portista ficou ferida de morte, apesar de os "dragões" terem continuado ao ataque e a criar situações para conseguir evitar a derrota, a sexta da época na Liga.

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