Marcelo recupera popularidade, mas portugueses pedem que seja mais interventivo

Maioria dos portugueses avalia positivamente a resposta do Presidente da República às crises políticas no continente e na Madeira, indica uma nova sondagem da Aximage.

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Marcelo Rebelo de Sousa na cerimónia de tomada de posse no Governo liderado por Luís Montenegro Nuno Ferreira Santos
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Marcelo Rebelo de Sousa conseguiu recuperar popularidade face a Dezembro, mas nunca tantos portugueses hesitaram sobre que avaliação fazer da Presidência. Os dados são de uma sondagem da Aximage para o Diário de Notícias, Jornal de Notícias e TSF, divulgada este sábado.

Estejam mais ou menos satisfeitos, há uma opinião partilhada pela maioria dos inquiridos: 62% quer ver o Presidente da República a ser mais interventivo na legislatura que agora começa. Apenas 30% assumem preferir que o chefe de Estado fosse menos participativo.

Quanto à sua actuação perante a crise política que fez cair o Governo de António Costa, tendo decidido convocar eleições, 40% dos inquiridos avaliam-na como "boa" ou "muito boa". A poucos pontos percentuais de distância, 36% consideram-na "má" ou "muito má".

Neste cenário, e conhecidos os resultados das legislativas de 10 de Março, a maior parte dos portugueses (58%) concorda com a aceitação de um Governo minoritário e a nomeação de Luís Montenegro como primeiro-ministro. Menos de um quinto (17%) preferia que o Presidente da República tivesse insistido num acordo parlamentar com o Partido Socialista e 13% queria um acordo parlamentar com o Chega.

E se a crise política no continente gerou maior polarização, a resposta à que se instalou na Madeira é mais consensual. Sobre a decisão de dissolver a Assembleia Legislativa da Madeira e de convocar eleições, 62% concordam — uma maioria que se torna esmagadora perante 7% que discordam. Os restantes inquiridos mantiveram-se neutros, não souberam ou não quiseram posicionar-se quanto a esta questão.

A instabilidade dos últimos meses parece ter jogado a favor de Marcelo Rebelo de Sousa, que em Dezembro passado tinha visto a sua popularidade cair para mínimos de vários anos, registando mais avaliações negativas do que positivas no mesmo barómetro da Aximage.

Agora, 32% avaliam como "bom" ou "muito bom" o desempenho do chefe de Estado, numa subida de 4% face a Dezembro, e 25% definem-no como "mau" ou "muito mau" — uma redução de 20 pontos percentuais em três meses.

Segundo os números da Aximage, foram os eleitores da Aliança Democrática que deram à popularidade de Marcelo Rebelo de Sousa novo fôlego (37 pontos de saldo positivo). São também as mulheres que mais o aplaudem (14 pontos de saldo positivo).

Esta sondagem baseou-se em 805 entrevistas, com trabalho de campo realizado entre 29 de Março e 3 de Abril, sendo o erro máximo de amostragem do estudo de cerca de 3,5%.

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