Israel recupera corpo de refém no Sul da Faixa Gaza

Segundo o Exército israelita, Elad Katzir foi morto pela Jihad Islâmica. Corpo foi recuperado em Khan Younis.

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Bandeira da Palestina nos destroços de um edifício em Khan Younis, na Faixa de Gaza EPA/MOHAMMED SABER
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Soldados israelitas recuperaram o corpo de um refém da Jihad Islâmica em Khan Younis, no Sul da Faixa de Gaza, três meses depois de este ter pedido a sua libertação através de um vídeo divulgado pelos seus captores, informou este sábado o Exército de Israel.

Trata-se de Elad Katzir, um agricultor de 47 anos, do kibbutz Nir Oz. Foi uma das 253 pessoas sequestradas e levadas para Gaza durante o ataque de 7 de Outubro por homens armados palestinianos, liderados pelo Hamas, que desencadeou a actual ofensiva de Israel no enclave.

Segundo o comunicado do Exército, que cita informações não detalhadas dos serviços secretos, Katzir foi morto pela Jihad Islâmica.

Num vídeo divulgado no dia 8 de Janeiro pela Jihad Islâmica, Katzir disse: “Estive perto de morrer mais de uma vez. É um milagre ainda estar vivo... Quero dizer à minha família que os amo muito e que tenho muitas saudades.”

O pai de Katzir, Avraham, foi uma das cerca de 1200 pessoas mortas em Israel em 7 de Outubro, de acordo com os dados oficiais, enquanto a mãe, Hanna, também foi feita refém, tendo sido libertada em Novembro, no âmbito de um acordo de cessar-fogo com o Hamas, o movimento islamista dominante na Faixa de Gaza.

Os mediadores do Qatar e do Egipto têm tentado, até agora sem sucesso, garantir uma nova trégua que possa permitir a libertação de alguns dos 129 reféns restantes. O Hamas quer que qualquer acordo ponha fim à guerra, que, segundo as autoridades de Saúde de Gaza, já matou mais de 33 mil palestinianos. Mas Israel tenciona continuar a lutar até o Hamas ser derrotado.

Com base em várias fontes de informação, Israel declarou mortos pelo menos 35 reféns em cativeiro em Gaza. As facções islamistas palestinianas dizem que alguns foram mortos em ataques israelitas. Embora tenha confirmado que isso aconteceu em alguns casos, Israel afirma que, noutros, os reféns cujos corpos foram recuperados apresentavam sinais de execução.