Dom Quixote, Bergman e Pina Bausch reencarnam num Festival de Avignon que hablará español

Eco-responsabilidade e democratização são os mantras de Tiago Rodrigues, que também sobe a palco com a sua releitura da Hécuba de Eurípides. Inês Barahona e Miguel Fragata compõem a quota portuguesa.

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Tiago Rodrigues e Boris Charmatz, o actual director do Tanztheater Wuppertal Christophe RAYNAUD DE LAGE/Festival de Avignon
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As nuvens dos cortes orçamentais que o Ministério da Cultura francês sacou há umas semanas da cartola não ensombrarão o 78.º Festival de Avignon, que este ano, empurrado pelos Jogos Olímpicos de Paris, desabrocha mais cedo, de 29 de Junho a 21 de Julho – nem tiram para já o sono a Tiago Rodrigues. Por trás do programa da próxima edição de um dos mais pulsantes rendez-vous do teatro europeu, que o director artístico apresentou esta tarde, há uma “exemplar” trajectória orçamental muito suada pela sua equipa, cujo “esforço”, coroado por um aumento de 25% das receitas de bilheteira, espera ver o Governo a acompanhar. “Num contexto macroeconómico difícil, é importante sublinhar o que é essencial, e acredito que a cultura não deixará de se afirmar como dimensão matricial da democracia francesa”, disse ao PÚBLICO horas antes da conferência de imprensa.

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