Iberdrola reduz mega-projecto eólico no Tâmega

Empresa espanhola viu-se obrigada a reduzir o empreendimento eólico no Tâmega por constituir uma ameaça ao habitat do lobo ibérico.

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Empresa mantém dois parques eólicos mas reduz número de aerogeradores VINCENT WEST
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A Iberdrola vai alterar o mega-projecto eólico previsto para o Tâmega, de forma a responder às condições apresentadas pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), que via no empreendimento inicial uma ameaça ambiental, em especial ao habitat do lobo ibérico.

O complexo eólico da Iberdrola seria o maior do país, localizado no Tâmega, onde a empresa espanhola já tem um empreendimento hidroeléctrico, e corresponderia a um investimento de 450 milhões de euros, distribuídos por dois parques - Tâmega Norte e Tâmega Sul -, com uma potência de 453 megawatts (MW).

No entanto, no ano passado, o parecer negativo do ICNF – Instituto da Conservação da Natureza e da Floresta em relação ao projecto, por afectar o habitat do lobo ibérico e de outros animais, levou a APA a emitir uma Declaração de Impacte Ambiental (DIA) favorável condicionada, o que permite o seu avanço mas com algumas alterações. Esta nova versão do empreendimento pretende responder a essas condições, como a redução do número de aerogeradores e a alteração da localização de alguns destes.

A reformulação do projecto reduz as 73 torres eólicas iniciais para apenas 38, de acordo com o Expresso. Os aerogeradores são divididos pelos dois parques, sendo que 27 ocupam o parque Norte. Os 11 aerogeradores a Sul correspondem a uma potência de 79,2 MW, já os quase trinta do Norte representam uma capacidade de 194,4 MW. No total, a potência dos dois parques fica perto dos 274 MW, valor muito diferente dos 453 MW inicialmente previstos.

No relatório de conformidade ambiental do projecto de execução (Recape)​ apresentado pela Iberdola, a empresa espanhola garante que a aprovação dada pela APA se mantém válida.

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