Putin assina decreto para recrutar 150 mil russos entre os 18 e os 30 anos

Kremlin alargou até aos 30 anos o recrutamento militar entre Abril e meados de Julho, abrangendo assim mais 150 mil russos. Serviço militar começa aos 18 anos. Novos recrutas não irão para a Ucrânia.

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Mulher passa junto a um cartaz que apela ao alistamento de jovens no serviço militar na Rússia EPA/YURI KOCHETKOV
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O Presidente russo, Vladimir Putin, assinou este domingo, 31 de Março, o decreto da primeira campanha de recrutamento militar de 2024, que alarga a idade para os 30 anos, mais três do que na anterior, e abrangerá 150 mil russos.

"Realizar, entre 1 de Abril e 15 de Julho de 2024, a convocação para o serviço militar dos cidadãos russos com idades compreendidas entre os 18 e os 30 anos", diz o documento publicado no portal de informação jurídica do Governo russo e citado pela agência espanhola EFE.

O decreto não abrange os russos que tenham completado 27 anos antes do final de 2023 e os reservistas com 28 e 29 anos. Mas prevê ainda uma moratória de serviço para os cidadãos que trabalham em empresas informáticas e a libertação de soldados, marinheiros, sargentos e cabos que já cumpriram o seu serviço.

O contra-almirante Vladimir Tsimliansky, chefe de Organização e Mobilização do Estado-Maior russo, disse na semana passada que os novos recrutas não participariam na guerra com a Ucrânia e não seriam enviados para as regiões ucranianas de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia, que foram anexadas em 2022.

Esta nova mobilização segue-se à campanha do Outono, em que foram convocados 130 mil novos recrutas, e deverá ultrapassar a campanha da Primavera do ano passado, que registou cerca de 147 mil mobilizações.