Liverpool ganha em Anfield Road e no Etihad, e é líder da Premier League

O Arsenal repetiu uma proeza com quase dois anos do Sporting: empatou a zero em Manchester, frente ao City. Em França, Vitinha e Gonçalo Ramos marcaram na vitória do PSG em Marselha

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Mohamed Salah celebra o segundo golo para o Liverpool Reuters/Molly Darlington
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A oito rondas do fim da Premier League, o Liverpool teve aquilo de que tanto precisava: um empate entre Manchester City e Arsenal na jornada 30 da liga inglesa. Aguardado com enorme expectativa, como são sempre os jogos “grandes” em Inglaterra, o duelo entre os “citizens” e os “gunners” mostrou que nem tudo o que reluz é ouro no futebol inglês. E o grande responsável por isso foi Mikel Arteta. No regresso a Manchester, o treinador espanhol do Arsenal mostrou que conhece como poucos como funciona o City de Pep Guardiola e, com um futebol pragmático, garantiu a principal prioridade: não sofrer golos e regressar a Londres com um ponto de vantagem sobre o rival.

Antes de se disputarem em domingo de Páscoa os dois jogos que fecharam a 30.ª jornada da Premier League, o Liverpool não dependia de si para ser campeão inglês no ano da despedida de Jürgen Klopp. Empatados com o Arsenal na liderança, mas em desvantagem no confronto directo, os “reds” entraram em campo primeiro do que os rivais na luta pelo título. E, sabendo que podia sempre tirar proveito do confronto da concorrência, o Liverpool dificilmente podia ter começado pior o seu jogo: ao fim de 86 segundos, um ex-Arsenal (Danny Welbeck) já tinha colocado o Brighton a vencer em Anfield Road.

Apesar da desvantagem madrugadora, os “reds” souberam reagir e, ainda na primeira parte, o ex-portista Luis Díaz restabeleceu a igualdade. A reviravolta ficou completa aos 65’, quando Salah, assistido por Mac Allister, assegurou o que o Liverpool precisava: o golo que garantiu a vitória (2-1) e três pontos à formação de Klopp.

A partir daí, a bola passava para o Etihad e a pressão ficava do lado do Arsenal e, principalmente, do City. E o duelo entre Guardiola e Arteta ficou marcado pelo risco zero por parte dos londrinos. Com um ponto de vantagem sobre os “citizens”, os “gunners” nunca abdicaram da sua coesão defensiva, oferecendo o domínio ao adversário. No entanto, com Rúben Dias e Bernardo Silva na equipa titular, a supremacia territorial da equipa de Manchester não se traduzia em oportunidades de perigo para o guarda-redes David Raya e, a jogar na expectativa, foi o Arsenal que podia ter chegado ao intervalo na frente do marcador, mas Gabriel Jesus não aproveitou as duas melhores oportunidades dos primeiros 45 minutos.

A segunda parte não foi muito diferente. Com o City a nunca correr grandes riscos – as derrotas nos dois confrontos anteriores (Supertaça e campeonato) nesta época parecem ter pesado -, o jogo manteve-se intenso e com nível alto de agressividade, mas com poucos motivos de interesse e raras oportunidades. Uma das excepções surgiu já nos últimos dez minutos, mas apenas serviu para confirmar que este seria um jogo atípico na Premier League: aos 82’, Erling Haaland surgiu sozinho ao segundo poste, mas não acertou na bola.

Com o zero final no marcador, chegou ao fim uma sequência de 57 partidas consecutivas do City e mais de dois anos sempre a marcar em casa. Antes do Arsenal, a última equipa que tinha conseguido a proeza de não sofrer golos no Etihad tinha sido o Sporting, a 9 de Março de 2022, na segunda mão dos oitavos-de-final da Liga dos Campeões.

Em França, o sempre quente clássico entre o Marselha e o Paris Saint-Germain foi decidido por dois portugueses: Vitinha e Gonçalo Ramos. A jogar em casa, o rival do Benfica nos quartos-de-final da Liga Europa jogou mais de 50 minutos em superioridade numérica, mas, já na segunda parte, foram os parisienses que chegaram à vitória em contra-ataque. Marcou primeiro Vitinha, numa grande jogada do médio, e, a cinco minutos do fim, Gonçalo Ramos fez o 2-0 final.

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