Babel Music: Sanam e Oriane Lacaille deixam-nos em transe

Na primeira noite do festival que decorre em Marselha, os libaneses Sanam foram liberdade, Oriane Lacaille representou a viagem e Ana Lua Caiano mostrou a nova tradição portuguesa.

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Magníficos momentos de transe e epifania: Sanam Jean de Peña
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Sandy Chamoun entoa uma canção de casamento palestiniana. A voz vai à frente, numa bela melodia simples e sinuosa. Os instrumentos vêm depois, uma bateria furiosa, irregular, enquanto a guitarra, o bouzouki, o baixo e a electrónica vão largando notas que circundam a voz, mas parecem destruir qualquer ideia de beleza. A melodia resiste, não tomba, atravessa todos os ruídos e todos os espasmos rítmicos, e sai frágil – embora intacta – do outro lado da canção. Há um lado metafórico nisto, como é óbvio, mas há também um sentido muito literal de liberdade na abordagem a qualquer tradição musical árabe que os libaneses Sanam abordam na sua música e em palco – neste palco concreto do Babel Music, festival (e encontro profissional) mediterrânico das músicas do mundo que tem lugar em Marselha (de 28 a 30 de Março).

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