Eleições no FC Porto: Pinto da Costa apresenta assinaturas para 16.º mandato

Presidente portista é o mais titulado da história do futebol, mas nunca enfrentou competição tão feroz em quatro décadas de presidência. Assinaturas entregues por André Villas-Boas já estão validadas.

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Pinto da Costa, presidente do FC Porto LUSA/JOSE COELHO
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Depois de André Villas-Boas, foi vez de Pinto da Costa entregar as assinaturas necessárias para validar a corrida às eleições do FC Porto. O dirigente mais titulado do mundo almeja um 16.º mandato, 42 anos após a primeira eleição, a 23 de Abril de 1982. As últimas quatro décadas foram de sucesso no campo desportivo – com 68 títulos no futebol (incluindo sete internacionais) e 2508 troféus nas variadas modalidades e escalões do FC Porto –, transformação que permitiu aos "dragões" assumirem um papel de destaque no futebol internacional. Depois de um domínio consensual, Pinto da Costa prepara-se agora para enfrentar a oposição mais forte em 42 anos.

A entrega dos cadernos concretizou-se na tarde desta quinta-feira, no Museu do FC Porto, directamente ao presidente da Mesa da Assembleia Geral, Lourenço Pinto. A "oficialização" da candidatura ocorreu pouco mais de 24 horas após a apresentação do projecto para a nova academia do FC Porto.

"Pretendo que o FC Porto continue numa onda de progresso, continue numa onda de vitórias e pretendo que, no final das eleições, a massa associativa se volte a unir, porque em 42 anos de presidência sempre tive a massa associativa unida, naturalmente com oposição, com propostas, com pessoas que concordam mais, que concordam menos, mas sempre estivemos unidos", ressalvou nesta quinta-feira.

O presidente portista negou esta quarta-feira que a obra fosse um “trunfo eleitoral”, mas é certo que este complexo foi o principal objectivo traçado pelo dirigente e promessa feita aos sócios para o quadriénio 2020-24, mandato que está prestes a terminar. É, também, uma vitória pessoal de Pinto da Costa e mais uma obra com assinatura do presidente portista.

Pinto da Costa já garantiu que este mandato será mesmo o último na presidência do FC Porto. O dirigente portista tem actualmente 86 anos, afastando uma nova recandidatura aos 90 anos. Caso vença as eleições, os sócios portistas podem esperar os últimos quatro anos de presidência do histórico dirigente – mandato marcado pelos trabalhos de construção da academia na Maia.

Da pouca concorrência enfrentada por Pinto da Costa nas últimas quatro décadas, é seguro dizer-se, mesmo faltando ainda um mês para o acto eleitoral de 27 de Abril, que nenhum adversário reuniu tanto apoio como André Villas-Boas – que entregou 2170 assinaturas, cerca de sete vezes mais do que as 300 necessárias para validar a candidatura.

As assinaturas entregues pela candidatura do ex-treinador já foram, de resto, validadas. A "luz verde" foi confirmada pelo próprio na noite desta quarta-feira, através de publicações nas páginas da campanha.

Nuno Lobo também entregou assinaturas

O terceiro candidato às eleições do FC Porto, o empresário Nuno Lobo, também entregou as assinaturas na tarde desta quinta-feira. Com uma amostra de rubricas mais humilde do que a dos restantes adversários (foram 330 assinaturas), fruto também dos menores meios de que dispõe para a campanha, o empresário fez questão de voltar a concorrer às eleições portistas.

Esta é já a segunda vez que Nuno Lobo vai a eleições. O sócio "azul e branco" conseguiu 4,91% dos votos em 2020, ano em que Pinto da Costa foi eleito com 68,65% dos votos.

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