Líderes da UEFA e ECA aliam-se à Cimeira de Presidentes da Liga portuguesa

Aleksander Ceferin, presidente da UEFA, e Nasser Al-Khelaifi, líder da Associação de Clubes Europeus, lançam alerta no 12.º encontro dos emblemas portugueses para os “perigos” da Superliga.

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A 12.ª Cimeira de Presidentes decorreu em Coimbra LUSA/PAULO NOVAIS
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A Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) reiterou, esta quarta-feira, na 12.ª Cimeira de Presidentes, realizada no Convento de São Francisco, em Coimbra, a importância da união do futebol europeu contra a ameaça da criação da Superliga, saindo mais uma vez em defesa da integridade das competições tradicionais e do equilíbrio competitivo na Europa.

A cimeira, que contou com as intervenções dos presidentes da UEFA, Aleksander Ceferin, e da Associação de Clubes Europeus (ECA), Nasser Al-Khelaifi, através de vídeo, bem como do presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Fernando Gomes, e de Tobias Hedtstück, director de Competições da UEFA, serviu para “assegurar” que os clubes portugueses não serão financeiramente prejudicados pelo novo modelo de distribuição, com a reformulação dos quadros pós-2024, proporcionando a estabilidade e segurança financeira indispensáveis para o desenvolvimento do futebol nacional.

Durante o encontro, os presidentes dos clubes profissionais debateram ainda os desafios internacionais, especialmente no que diz respeito à calendarização das competições europeias, preconizando o equilíbrio entre as provas domésticas e internacionais.

Em foco estiveram temas essenciais como a centralização dos direitos audiovisuais e a lei sobre a violência no desporto, perspectivando-se a relevância do Mundial2030 no futuro do futebol português. Temas a rever na próxima Cimeira de Presidentes, agendada para Setembro deste ano.

Pedro Proença à espera do Governo

Pedro Proença expôs, no final, as conclusões desta cimeira, mas também as expectativas geradas em torno do novo ciclo político, essencialmente no que diz respeito à visão do Governo em relação ao desporto. A política fiscal e legislativa referente às apostas desportivas assume, de acordo com o presidente da LPFP, carácter fundamental para a sobrevivência e desenvolvimento dos clubes, exigindo respeito por uma indústria que movimenta cerca de 0,3% do PIB.

“Há propostas, enviadas a todos os partidos, relativas ao caderno de encargos do futebol profissional. A redução da taxa de IVA, IRS e IRC é fundamental. Há uma série de temas em agenda que queremos ver discutidos. Estamos na expectativa em relação a quem assumirá a pasta do desporto para podermos discutir as alterações que preconizamos”.

Enquanto presidente da European Leagues, Pedro Proença destaca a maior influência junto do centro de decisões, nomeadamente no que diz respeito ao calendário internacional, para uma eficaz adaptação das competições nacionais à nova realidade.

“Sabemos que haverá mais cinco datas UEFA a ocupar o calendário desportivo. A redução do número de jogos da Taça da Liga atende a esse objectivo, para poder aliviar o calendário dos clubes”.

Rui Costa destaca papel de Al-Khelaifi

Numa das primeiras reacções pós-cimeira, Rui Costa, presidente do Benfica, sublinhou o "reconhecimento do futebol português" numa reunião “muito produtiva”.

“Ter aqui três ilustres presidentes foi um privilégio e, sendo eu membro da ECA, não posso deixar de realçar o papel de Nasser Al-Khelaifi, que explicou aos clubes portugueses a importância de se associarem à ECA”.

Rui Costa enfatizou a mensagem de Nasser Al-Khelaifi relativamente à importância daquela organização: "Tem sido a principal barreira à Superliga. Países como o nosso têm de se precaver. Tivemos uma explicação cabal da importância de os clubes portugueses estarem presentes nesta luta pela defesa dos seus direitos. Nos últimos seis meses, a ECA mais do que duplicou os clubes na sua organização e isto é fruto do trabalho que tem sido feito, internacionalmente, juntamente com a UEFA, para defesa dos clubes”, disse o líder do Benfica.

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