Lembrar para não esquecer
A partir do Princípio da Igualdade da Constituição de 1976, Portugal iniciou grandes mudanças sociais e culturais. Olhando em volta, surge a pergunta: o que significou viver 50 anos em democracia?
Meio século é muito tempo para quem só este ano adquiriu o direito ao voto. Quando se tem 18 anos, aquele “dia inicial inteiro e limpo/ Onde emergimos da noite e do silêncio/ E livres habitamos a substância do tempo” não é mais do que um poema de Sophia, uma abstração, um pouco como as paisagens míticas com as quais crescemos a ver em documentários ou memorizar através dos manuais escolares. Há lugares materiais e imateriais que são isso mesmo: fazem parte do nosso imaginário e comportam grande peso simbólico, ao mesmo tempo que, à força de tão mencionados, acabam por se tornar inexplicavelmente distantes quando comparados com a nossa urgência quotidiana, com o aqui e agora do dia burocrático cunhado por O'Neill.
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