Rússia inclui “movimento LGBT” na lista de organizações extremistas e terroristas

A mudança surge depois de o Supremo Tribunal do país ter proibido o movimento LGBT. Na lista de organizações terroristas estão nomes de pessoas ligadas ao opositor de Putin, Alexei Navalny.

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Manifestação pró-LGBT em São Petersburgo, Rússia Reuters
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A Rússia incluiu o que apelida de "movimento LGBT" numa lista de organizações extremistas e terroristas, anunciaram esta sexta-feira os meios de comunicação social estatais.

A alteração surge na sequência de uma decisão que o Supremo Tribunal russo tomou em Novembro de 2023 que considera os activistas da causa LGBT "extremistas", medida que os representantes da comunidade homossexual e trans receiam que dê origem a detenções e processos judiciais.

A lista é elaborada pela agência federal Rosfinmonitoring, que foi criada em 2001 pelo Presidente russo e tem poderes para congelar as contas bancárias de mais de 14 mil pessoas e entidades consideradas extremistas e terroristas.

Entre os nomes estão pessoas da Al-Qaeda ou da gigante tecnológica Meta, empresa norte-americana que detém o Instagram, Facebook e WhatsApp, assim como outros ligados ao líder da oposição russa Alexei Navalny, que morreu em Fevereiro numa prisão na Sibéria.

Segundo a agência estatal RIA, a lista inclui agora o "movimento social internacional LGBT e as suas unidades estruturais".

Para Vladimir Putin, a medida representa uma mudança em relação ao que considera serem valores familiares que contrastam com as atitudes decadentes do Ocidente.

Na última década, a Rússia reforçou as restrições às expressões de orientação sexual e identidade de género e, entre outras medidas, aprovou leis que proíbem a promoção de relações sexuais que descreve como "não tradicionais" e proibiu mudanças legais ou médicas de género.