Beyoncé revela capa do novo álbum, Cowboy Carter, inspirado na história da música country

A cantora e compositora escreveu no Instagram sobre o sucessor de Act I: Renaissance, cujo lançamento está marcado para o próximo dia 29.

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Cowboy Carter é o segundo capítulo de uma trilogia DR
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A pouco mais de uma semana do lançamento do seu próximo álbum, Beyoncé revelou no Instagram a capa de Act II: Cowboy Carter. A cantora e compositora afro-americana, figura incontornável da música pop contemporânea e da cultura popular, está imponentemente sentada em cima de um cavalo branco, vestida de azul, vermelho e branco, um chapéu de cowboy sobre o seu novo cabelo platinado, e segura uma bandeira dos Estados Unidos, a condizer com a roupa.

Este post na rede social, acompanhado por um longo texto, marca a contagem decrescente para a edição, marcada para o próximo dia 29, do sucessor de Act I: Renaissance (2022), primeiro capítulo de uma trilogia gravada durante a pandemia.

A capa de Cowboy Carter joga com a iconografia patriótica da música country, na qual Beyoncé vem mergulhando há mais de cinco anos, como refere no texto. “A escolha estética é ousada e parece estar a sinalizar a forma como Beyoncé quer posicionar-se perante as conversas sobre nacionalismo, um tema muito central nos discursos sobre a música country”, disse ao jornal inglês The Guardian Francesca T Royster, professora de inglês na Universidade DePaul, em Chicago, e autora de Black Country Music: Listening for Revolutions (2022), considerado o primeiro livro assinado por uma escritora negra sobre música country feita por artistas negros/as. Royster acredita que as referências deste trabalho visual têm como objectivo “provocar a discussão”.

O que não seria surpreendente, tendo em conta “as críticas” de que Beyoncé foi alvo quando começou a mergulhar na country, como a própria compositora refere no Instagram. “Senti que não era bem-vinda, e ficou muito evidente que não era”, diz. Foram, de resto, esses julgamentos que a fizeram investigar a história deste género musical e a mergulhar num "rico arquivo" discográfico.

“As críticas que enfrentei obrigaram-me a ultrapassar as limitações que me eram impostas. Act II é o resultado de me ter desafiado e de ter tomado tempo a misturar géneros para criar este corpo de trabalho”, afirma. “É bom ver como a música pode unir tantas pessoas em todo o mundo, ao mesmo tempo que amplifica as vozes de algumas das pessoas que dedicaram tanto das suas vidas a educar-nos sobre a nossa história musical.”

Apesar dos detractores, Beyoncé foi a primeira mulher negra a colocar um single no topo da tabela Hot Country Songs da Billboard, Texas hold ‘em, lançado a 11 de Fevereiro juntamente com 16 carriages. Sobre essa conquista, a cantora assinala neste post sentir-se “muito honrada”.

“Isso não teria acontecido sem o apoio entusiasmado de cada um de vós. A minha esperança é que, daqui a alguns anos, a menção à origem racial de um artista, no que diz respeito ao lançamento de géneros musicais, seja irrelevante.”

A artista acrescenta ainda que há “algumas surpresas neste álbum” que conta com a colaboração de “artistas brilhantes”, os quais respeita “profundamente”. Dolly Parton, uma das rainhas da country, revelou na semana passada que Beyoncé fez uma versão de uma das suas canções mais célebres, Jolene, e que esta poderá entrar em Cowboy Carter.

Ainda assim, Beyoncé deixa o aviso: “Este não é um álbum country, é um álbum da ‘Beyoncé’”, remata no final do texto. “Tenho orgulho em partilhá-lo com todos vós!”

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