O dever de memória de Mataram o Pianista

Uma história verídica do Brasil da ditadura contada em formato de documentário animado, melhor quando coloca a música em imagens do que quando é denúncia política.

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O filme Mataram o Pianista estreia-se esta quinta-feira nos cinemas
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Sedutora a ideia de prestar homenagem a um músico esquecido do Brasil dos anos 1960, Francisco Tenório Junior, pianista de excepção que impressionou os seus contemporâneos, desaparecido sem deixar rasto em 1976, no final de uma temporada de concertos com Vinicius de Moraes na Argentina, nos dias que antecederam o golpe militar. Menos convincente a sua concretização como docuficção animada: o espanhol Fernando Trueba (vencedor do Óscar por Belle Époque, e apaixonado do jazz e da música latina) tinha inicialmente pretendido fazer um documentário tradicional, para o qual recolheu inclusive depoimentos de Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil, João Donato e muitos outros que se cruzaram com Tenório. Mas acabou por fazer um apelo ao desenhador catalão Javier Mariscal, com quem realizara uma anterior longa de animação ao redor da música cubana, Chico e Rita, para dar uma volta criativa ao formato, mas falhada.

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