Inflação abranda para 2,6% em Fevereiro na zona euro

Preços dos serviços e dos alimentos foram os que mais subiram em Fevereiro, enquanto os da energia foram os únicos a baixar, indicam os dados divulgados nesta segunda-feira pelo Eurostat.

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Comida foi uma das componentes que mais contribuiu para a inflação em Fevereiro Nelson Garrido
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A taxa de inflação homóloga abrandou, em Fevereiro, para os 2,6% na zona euro e para os 2,8% na União Europeia (UE), segundo dados divulgados nesta segunda-feira pelo Eurostat, que vem confirmar as estimativas iniciais já divulgadas no início deste mês.

Nos países da área do euro, o serviço estatístico europeu confirmou, esta manhã, os dados avançados na estimativa rápida de dia 1, tendo a taxa de inflação anual desacelerado para os 2,6%, face aos 2,8% do mês anterior e aos 8,5% de Fevereiro de 2023.

No conjunto dos 27 Estados-membros, o Eurostat aponta para uma taxa de 2,8% de inflação, medida pelo Índice Harmonizado dos Preços ao Consumidor (IHPC), que permite comparações entre economias), um abrandamento em relação à taxa de 3,1% do mês anterior e que fica muito abaixo da taxa de 9,9% registada no mesmo mês do ano passado.

Já a inflação subjacente (excluindo as componentes com preços mais voláteis) abrandou para os 3,1%, face aos 3,3% de Janeiro e aos 5,7% de Fevereiro de 2023.

Entre os 27 Estados-membros, a Letónia e a Dinamarca registaram as mais baixas taxas de inflação em Fevereiro (0,6% cada), seguindo-se a Itália (0,8%). As taxas mais altas, por seu lado, foram observadas na Roménia (7,1%), na Croácia (4,8%) e na Estónia (4,4%). Em Portugal, a taxa de inflação medida pelo IHPC foi de 2,3%, face aos 2,5% do mês anterior e aos 8,6% do homólogo.

A componente que mais contribuiu para a taxa positiva de inflação, indica ainda o Eurostat, foi a de serviços, onde os preços aumentaram em 4% em Fevereiro, face ao mesmo mês do ano passado, a mesma taxa que já tinha sido registada em Janeiro. Segue-se a componente de comida, álcool e tabaco, onde se registou uma subida anual de 3,9% dos preços (uma variação que, ainda assim, representa uma desaceleração em relação a Janeiro, quando a taxa de inflação anual tinha sido de 5,6%).

Em sentido contrário, o sector da energia foi a única grande componente onde se verificou uma quebra anual de preços, de 3,7% em Fevereiro (que se segue a uma quebra de 6,1% registada em Janeiro).