Filha do pai. Carta a uma filha que votou no Chega

Era para ser um daqueles jantares habituais “das segundas-feiras”, quando é possível juntar todos à mesa. Até que uma das irmãs, de 21 anos, anunciou que ia votar no Chega. Reflexão de um pai de seis.

Foto
PP - 02 AGOSTO 2014 - PODENCE - MENDES ALEXANDRINO ALMOCO DE FAMILIA AO DOMINGO
Ouça este artigo
00:00
17:21

Exclusivo Gostaria de Ouvir? Assine já

Filho és, pai serás, e foi assim que fui sendo pai de seis sem nunca me meter muito no que pensam e em que acreditam, confio que a mão invisível (se é invisível, como sabemos que é uma mão?) os leve por caminhos que sejam os melhores para cada um. Sempre fui adepto da sua liberdade como pessoas, desde que saibam o que estão a fazer e queiram por eles o que estão a querer. Pode-se tudo menos ser do Benfica e levantar-se da mesa antes de a última pessoa acabar de comer. Por isso, quando uma das mais velhas, que é do Benfica, disse que ia votar no Chega, no meio do jantar de segunda-feira (os jantares de segunda, com eles todos, são cada vez mais jantares de primeira), optei por ficar calado, até porque os berros e os gestos raivosos da de 16, verdade seja dita, não davam espaço para muito mais.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Ler 297 comentários