Arthur Cabral desatou o nó ao Benfica de Roger Schmidt

Quinze minutos depois de entrar em campo, o avançado brasileiro fez um grande golo em Rio Maior e garantiu o triunfo benfiquista frente ao Casa Pia.

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Arthur Cabral festeja o golo do Benfica em Rio Maior Reuters/Rodrigo Antunes
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Voltou a faltar clarividência táctica ao Benfica, mas, tal como tinha acontecido a meio da semana na Liga Europa na Escócia, o talento individual dos seus jogadores garantiu aos “encarnados” mais um triunfo. Em Rio Maior, num jogo em que a equipa de Roger Schmidt precisou de 54 minutos para criar uma grande oportunidade, o nó que o Casa Pia de Gonçalo Santos estava a conseguir dar às “águias” foi desatado pela qualidade de Arthur Cabral: quinze minutos depois de entrar em campo, o avançado brasileiro fez o golo que garantiu o triunfo pela margem mínima dos benfiquistas frente aos casapianos.

Três dias depois de conseguir uma importante vitória em Glasgow, o anúncio do “onze” escolhido por Roger Schmidt confirmou que na Luz há mais um problema para resolver: Kokçu ainda se juntou ao grupo no Seixal, altura em que ficou a saber que não estava convocado, num claro castigo imposto pelo clube na sequência de uma entrevista a um jornal neerlandês, na qual o turco criticou as opções do seu treinador.

O médio, no entanto, já tinha ficado de fora da equipa titular a meio da semana na Escócia e, em relação a essa partida, Schmidt mudou apenas um jogador: David Neres regressou ao banco e o flanco esquerdo benfiquista ficou entregue a João Mário.

Do outro lado, no 3x4x3 habitual, o Casa Pia procurava recuperar de uma derrota na Amadora - a primeira desde que Gonçalo Santos assumiu o comando dos “gansos” -, e, com a sua boa organização defensiva, a equipa lisboeta voltou a mostrar que se sente confortável quando não tem de assumir o controlo do jogo.

Sem ter pudor em entregar a bola aos benfiquistas, a estratégia casapiana passava por aproveitar os espaços criados pelos desequilíbrios tácticos dos “encarnados” e, no minuto 10, a primeira oportunidade foi da equipa que jogava em casa: após um canto mal cobrado pelo Benfica, foi tudo muito bem feito num contra-ataque do Casa Pia, menos o remate final de Larrazabal. Cinco minutos depois, aproveitando uma auto-estrada na direita da defesa do Benfica, Lelo ofereceu o golo a Felippe Cardoso, mas o remate do brasileiro saiu por cima.

Até aí, o Benfica tinha bola a mais e objectividade a menos, mas, aos 18’, os benfiquistas em Rio Maior ainda festejaram, mas um golo de cabeça de João Neves foi anulado por fora de jogo.

Seguiu-se um período de monotonia, com as “águias” a manterem a incapacidade de criarem perigo para Ricardo Batista e foi, novamente, Trubin que teve problemas: perto do intervalo, o ucraniano teve de travar um remate perigoso de Pablo Roberto.

Mesmo vendo a sua equipa sem rendimento, Schmidt não fez mudanças ao intervalo, mas os benfiquistas regressaram para a segunda parte com mais agressividade. Como resultado disso, aos 54’ Rafa teve nos pés a primeira grande oportunidade das “águias”, mas a bola passou a milímetros do poste. Meia dúzia de minutos depois, foi António Silva que esteve perto de marcar, mas o central falhou o alvo.

Nesse momento, Schmidt já tinha optado por mexer e as duas primeiras apostas do alemão (Neres e Arthur Cabral) desbloquearam o jogo a favor do Benfica: aproveitando uma investida do Casa Pia no ataque, Neres combinou com João Mário, que lançou Cabral na direita. O resto, foi uma jogada de classe do brasileiro, que terminou com um remate com o pé esquerdo que só parou no fundo da baliza de Ricardo Batista.

A partir daí, o conforto passou para o lado do Benfica, que amarrou de vez o jogo, não permitindo que surgissem mais oportunidades até ao apito final.

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