De Lisboa ao Bangladesh: as muitas vidas da Baixa passam pelo centro de saúde
Em Lisboa, a Unidade de Saúde da Baixa nasceu da requalificação em redor do Martim Moniz. O quotidiano dos profissionais dirige-se à inclusão dos migrantes e ao não-esquecimento dos mais velhos.
Num 4.º andar alto, no cimo de umas escadas íngremes e estreitas, num prédio no coração da Baixa de Lisboa, Diosinda Marques, de 77 anos de idade, cuida do irmão António de Jesus Ferreira, 15 anos mais novo. No televisor, sem som, desfilam as caras conhecidas dos programas da manhã. Mas o olhar de António está posto nas páginas do jornal que tem pousado em cima da mesa no centro da sala. Participa na conversa, ouvindo. Quando ergue a cabeça, suspendendo a leitura, a expressão parece dizer que deposita esperança em todas as esperas.
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