Câmara de Lisboa cedeu edifício a privados em concurso que vereadores dizem ignorar
Edifício na antiga Manutenção Militar, no Beato, foi cedido à Mota-Engil para habitação partilhada. Mas operação nem sequer foi votada pelo executivo. Decorreu “às escondidas”, acusa vereador.
Exactamente seis anos separam duas reuniões de vereação da Câmara Municipal de Lisboa (CML). E elas são peças centrais de um processo administrativo intrincado, através do qual a autarquia acabou por ceder a uma empresa privada o direito de explorar comercialmente um edifício público, por duas décadas. Mas que, na verdade, pode até ser por meio século. Em causa está a instalação num prédio do Hub Criativo do Beato (HCB), nas instalações da Ala Sul da antiga Manutenção Militar, situado na zona oriental da capital, de uma unidade de coliving, ou seja, habitação partilhada, com capacidade para 84 alojamentos, num total de 137 quartos, por parte de uma empresa pertencente ao grupo Mota-Engil, a Colhub Coliving Beato.
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