Faixas de claques do FC Porto roubadas de museu e queimadas na Croácia

No Name Boys e hooligans do Haduk Split reinvidicaram crime. FC Porto apresentou queixa às autoridades, apurou o PÚBLICO.

Foto
Faixas das claques portistas queimadas na Croácia FERNANDO VELUDO
Ouça este artigo
00:00
02:23

Exclusivo Gostaria de Ouvir? Assine já

As faixas das principais claques do FC Porto, os Super Dragões e o Colectivo 95, foram roubadas do museu do clube e queimadas na Croácia por elementos dos No Name Boys, grupo ilegal de apoio ao Benfica. O acto ocorreu este sábado durante o jogo do Hajduk Split. As duas claques portistas criticaram o assalto ("sem nome e sem honra"), deixando ainda críticas à actuação do clube, nomeadamente à directora do museu e respectiva segurança do espaço.

De acordo com informações recolhidas pelo PÚBLICO, o clube "azul e branco" já apresentou queixa às autoridades, com tudo a apontar que os hooligans do Benfica agiram em parceria com os membros da Torcida Split, claque do Haduk Split, ultras com uma "aliança" de longa data ao grupo radical português.

Os vídeos, amplamente divulgados em grupos dedicados às claques e movimento ultra, mostram as faixas de Super Dragões e Colectivo 95 exibidas ao contrário na bancada reservada à Torcida Split. Momentos depois, vários adeptos munidos de tochas queimam dois pedaços de história dos grupos organizados de apoio aos "azuis e brancos".

O assalto terá ocorrido na tarde de 4 de Março, menos de 24 horas após a goleada dos portistas por 5-0 frente ao Benfica, no Estádio do Dragão. De acordo com o jornal desportivo Record, membros de ambos os grupos procuraram explicações junto do museu, indignados com o roubo das tarjas confiadas ao clube.

Na noite deste sábado, o FC Porto publicou um comunicado em que se mostra solidário com as duas claques, adiantando que os suspeitos foram identificados através de imagens de videovigilância. O clube espera agora que "a investigação produza resultados".

A "aliança" entre No Name Boys e Torcida Split é já conhecida das autoridades, com vários incidentes ligados a estes dois grupos. O mais recente ocorreu em Agosto de 2022, depois de hooligans da claque portuguesa terem prestado auxílio aos homólogos croatas, ajudando-os a provocar distúrbios em Guimarães antes de um jogo da Liga Conferência Europa.

Depois não conseguirem encontrar adeptos do V. Guimarães, os planos dessa noite passavam por uma curta deslocação até ao Porto. Os adeptos radicais viajavam em autocarros alugados, mas foram detectados pelas autoridades e travados antes de provocarem mais incidentes.

Actualmente, oito elementos da claque No Name Boys estão sob julgamento, suspeitos de violarem um menor por este ter amigos do Sporting. O julgamento decorre no Campus de Justiça, em Lisboa.

Sugerir correcção
Ler 25 comentários