Suspeito da morte e desmembramento de homem detido pela Judiciária

Detido mantinha “uma relação de intimidade” com a vítima há alguns anos, um cidadão brasileiro de 35 anos.

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Suspeito residia num local "relativamente próximo" de onde foi encontrado o saco com membros inferiores do corpo da vítima Daniel Rocha
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O suspeito da morte e desmembramento de um homem encontrado na terça-feira em Lisboa é um cidadão espanhol de 48 anos, namorado da vítima e que se encontra sob custódia da Polícia Judiciária (PJ) para diligências de recolha de prova.

Em conferência de imprensa, o responsável pela directoria de Lisboa e Vale do Tejo desta polícia, João Oliveira, adiantou que o suspeito agora detido mantinha "uma relação de intimidade" com a vítima há alguns anos, um cidadão brasileiro, de 35 anos, cuja metade inferior do corpo foi encontrada na terça-feira dentro de um saco, junto a um caixote do lixo, no bairro da Lapa, em Lisboa. A motivação passional surge assim como uma hipótese plausível para o móbil do crime, mas isso não significa que não possam existir outros motivos subjacentes ao homicídio.

Segundo adiantou João Oliveira, o suspeito - que trabalha no sector imobiliário - "está a ser sujeito a um conjunto amplo de diligências de recolha de prova".

"Neste momento não há elementos tangíveis que apontem para a participação de um ou mais elementos, terceiros elementos. Mas não descartamos essa possibilidade. É precisamente o trabalho que estamos a desenvolver que nos irá dizer se sim ou se não", explicou.

Este homem residia num local "relativamente próximo" de onde foi encontrado o saco com membros inferiores do corpo da vítima, não tenho ainda sido descoberta a metade superior e a cabeça do corpo, que foi cortado ao nível da cintura. O director da PJ sublinhou a eficácia do trabalho desenvolvido nesta investigação: "Desta vez a coisa correu bem, no sentido em que se trabalhou rápido e bem e as coisas foram resultando. Outras vezes trabalhamos muito rápido e bem, mas esbarramos com dificuldades intransponíveis".

João Oliveira sublinhou, no entanto, que a PJ se encontra "numa fase relativamente inicial da investigação" e que "ainda há um caminho grande a ser feito", sendo que as "linhas de trabalho e hipóteses" em cima da mesa "estão a ser testadas e a continuação das diligências será absolutamente decisiva" para chegar a conclusões.

O corpo foi encontrado na terça-feira, dentro de um saco junto a um caixote de lixo no bairro da Lapa, em Lisboa. Fonte da PJ confirmou então que foi contactada cerca das 3h00 pela PSP. Segundo noticiou a TVI, o corpo mutilado da vítima, que estudava na área médica, terá sido encontrado por funcionários da Câmara de Lisboa que faziam a recolha do lixo.