No Irão o corpo foi cancelado – mas não consegue parar de dançar

Nastaran Razawi Khorasani voltou ao país onde nasceu para perceber que lugar ocupa a dança quando é proibida. This is not a dance é a sua homenagem a essa revolução que se mexe sem ser vista.

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This is not a dance é apresentada no Teatro Rivoli, no Porto, sexta e sábado Bas de Brouwer
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Se a sua família não tivesse decidido abandonar o Irão no início dos anos 1990, o nome de Nastaran Razawi Khorasani não poderia hoje estar impresso num telão na fachada de um teatro do Porto. Dançar, a actividade profissional a que se dedica esta bailarina e coreógrafa formada no Instituto de Artes Performativas de Maastricht, nos Países Baixos, é uma prática proibida no país onde nasceu em 1987 e de onde saiu com cinco anos e meio para nunca mais voltar. A não ser em sonhos – ou em poemas, como, à falta de melhor palavra para dizer o indizível, define This is not a dance, a peça que a traz ao Teatro Campo Alegre sexta-feira (21h30) e sábado (19h30).

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