Miguel Gullander (1975-2024): um escritor que viveu para ensinar

O autor de Através da Chuva morreu na madrugada de segunda-feira em Luanda, onde era leitor do instituto Camões. Homem de paixões e de enorme sofrimento, sentia-se “um fantasma em todo o lado”

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Nascido em Cascais, filho de mãe sueca e pai português, publicou quatro livros, o último, "O Feiticeiro", em 2023 Enric Vives-Rubio
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Parecia que naquilo que escrevia só havia lugar para a dor e o sofrimento. Não acreditava na esperança em geral (“em pacote”, como disse numa entrevista ao PÚBLICO vai fazer uma década), apenas na “esperança em indivíduos”, indivíduos com condão de entender que somos capazes de nos transformar de forma séria. Paixão, dedicação, vontade, isso, sim, tinha. E empenhava-se com uma energia tremenda. Miguel Gullander morreu na madrugada de segunda-feira em Luanda, onde actualmente era leitor do Camões – Instituto de Cooperação e da Língua na Universidade Agostinho Neto, a notícia foi avançada pela Embaixada de Portugal em Luanda e pelo próprio Camões. As causas da morte não foram adiantadas.

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