Luísa Ferreira: “Foi como se tivesse ido levar os meus pais ao monte”
Em 2020, os pais de Luísa Ferreira, octogenários, foram obrigados a sair de uma casa em Lisboa e regressaram à aldeia. Em Loreto, a fotógrafa narra esse doloroso processo de despejo.
Esta entrevista a Luísa Ferreira foi feita no início de Fevereiro de 2022, há mais de dois anos. O que a motivou foi a exposição Loreto, na Sociedade Nacional de Belas Artes (SNBA), em Lisboa. Um acidente com o telemóvel que a gravou (ecrã partido e apagão total de memória, depois de várias piruetas até ao chão) fez com que a conversa tivesse ficado num limbo, entre a morte e a ressurreição. Era o único registo que tínhamos dela. Algumas semanas e centenas de euros depois, técnicos de uma daquelas salas de reanimação e cuidados intensivos para telemóveis conseguiram que a máquina voltasse à vida, com tudo o que estava na memória. Entretanto, a exposição na SNBA tinha terminado (esteve patente apenas um mês — o que se passa com a duração das exposições depois da pandemia?) e com isso esvaiu-se a oportunidade de publicar a entrevista. Até agora. Loreto volta a ser mostrada, desta vez no Museu da Imagem em Movimento (MIMO, em Leiria, até 31 de Março).
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