Há um corte salarial que nunca foi reposto e ninguém fala nele (nem os políticos)

O salário dos políticos sofreu um corte em 2010 que ainda não foi reposto. Por causa deste regime, há magistrados a ganhar mais do que o primeiro-ministro. Mas ninguém se atreve a mexer nesse corte.

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O salário de Marcelo Rebelo de Sousa serve de base para calcular os salários dos membros do Governo LUSA/JOSÉ SENA GOULÃO
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O tema não chegou à campanha eleitoral e não há nenhum partido que se atreva a trazê-lo, pela impopularidade da discussão. Quase uma década depois de a troika ter saído de Portugal, há um corte salarial que nunca foi reposto: o corte nos salários dos políticos. Hoje, um magistrado no topo da carreira aufere um salário-base mais elevado do que o do primeiro-ministro. António Costa já lembrou mesmo, em 2019, que ganhava mais como ministro da Justiça (1999-2002) do que agora como primeiro-ministro. A reversão já esteve em cima da mesa em 2019 e foi pedida novamente em 2022, mas nenhum político quer dar a cara pela decisão.

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