Embaixada dos EUA alerta para “ataque extremista iminente” em Moscovo
Embaixada diz que está a monitorizar a situação e que os cidadãos dos EUA em Moscovo devem evitar grandes multidões nas “próximas 48 horas”.
A embaixada dos Estados Unidos na Rússia pediu os cidadãos norte-americanos para evitarem grandes ajuntamentos em Moscovo, afirmando existirem relatos de que extremistas terão planos iminentes para um ataque na capital russa.
O alerta foi emitido horas depois de o Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB) ter avançado que impediu um ataque com armas de fogo a uma sinagoga em Moscovo que seria levado a cabo por uma célula do autoproclamado Estado Islâmico (EI) do Afeganistão, mas não se sabe se este ataque e o aviso da embaixada estarão interligados.
Quando atacados, os militantes ofereceram resistência, mas acabaram por ser "neutralizados" pelas forças especiais russas. “Armas de fogo, munições e componentes para o fabrico de um artefacto explosivo improvisado foram encontrados e apreendidos”, disse o FSB.
A embaixada dos EUA, que apelou repetidamente nos últimos meses a todos os cidadãos norte-americanos para deixarem a Rússia imediatamente, não forneceu mais detalhes sobre a natureza da ameaça, mas disse que as pessoas deveriam evitar multidões e estar conscientes do que as rodeia.
“A embaixada está a monitorizar relatos de que extremistas têm planos iminentes de atingir grandes ajuntamentos em Moscovo, como concertos, e os cidadãos dos EUA devem evitar grandes multidões nas próximas 48 horas”, é referido numa nota publicada no seu site.
Sobre a tentativa de ataque, o FSB disse ainda que uma célula do autoproclamado Estado Islâmico estava a operar na região russa de Kaluga como parte da facção afegã do grupo terrorista Daesh, conhecida por ISIS-K, que pretende implementar um califado no Afeganistão, Paquistão, Turcomenistão, Tajiquistão, Uzbequistão e Irão. O grupo apareceu pela primeira vez no leste do Afeganistão no final de 2014 e estabeleceu uma reputação de extrema brutalidade.
A guerra na Ucrânia desencadeou a crise mais profunda nas relações da Rússia com o Ocidente desde a crise dos mísseis de Cuba de 1962 e Putin alertou que o Ocidente corre o risco de provocar uma guerra nuclear se enviar tropas para combater na Ucrânia.
O Kremlin afirma que as relações com os Estados Unidos nunca estiveram piores e que os norte-americanos estão a lutar contra a Rússia, apoiando a Ucrânia com dinheiro, armas e informação.