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É Dia Internacional da Mulher: não celebrem, reflictam
Uma selecção de imagens dos fotojornalistas do PÚBLICO, sobre as dores e conquistas das mulheres. Em Portugal e no mundo.
Em 2025, assinalam-se os 50 anos da oficialização do Dia Internacional da Mulher pela Organização das Nações Unidas. Uma data simbólica que representa as lutas e reivindicações dos direitos das mulheres e que remete a movimentos do início do século XX.
Esta semana, o PÚBLICO fez 34 anos. E escolheu falar de mulheres, numa edição especial e urgente. O que é ser mulher em liberdade em Portugal, 50 anos depois do 25 de Abril? A transformação das últimas décadas é inegável – mas a persistência da desigualdade também.
As mulheres são a maioria da população. São mais escolarizadas e representam metade da força de trabalho, mas têm salários mais baixos e estão mais longe dos cargos de poder e de decisão política. As pensões das mulheres são 43,2% inferiores às dos homens, o risco de pobreza é mais elevado entre elas. Em casa, continuam a ser as mulheres a fazer a maior parte do trabalho doméstico – e, por isso, investem menos nas carreiras, andam exaustas, à beira de um ataque de nervos.
Nesta selecção de imagens dos fotojornalistas do PÚBLICO, cabem alguns destes temas. A violência contra as mulheres (25 foram assassinadas em 2023), a luta da Palestina num cartaz de uma criança, o direito ao corpo (a interrupção voluntária da gravidez é legal desde 2007 em Portugal, mas ainda há quem o conteste). Está também o direito à habitação, o trabalho, o romper de barreiras e preconceitos. A felicidade, a sororidade, a maternidade e o “todas iguais”. É Dia Internacional da Mulher. Mas não é tempo de celebrar. Não é dia de flores. É urgente reflectir – e lutar para que deixemos de assinalar este dia.