O exército russo atacou a região de Odessa no momento em que o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e o primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, visitavam o importante porto do sul da Ucrânia nesta quarta-feira. O chefe de Estado ucraniano avançou que o ataque causou "mortos e feridos".

"Hoje assistimos a este ataque. Sei que houve vítimas. Há mortos e feridos", afirmou o Presidente ucraniano, sem dar mais pormenores, durante uma conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro grego, segundo a agência Ukrinform.

"No final [da visita às instalações portuárias], ouvimos o som de sirenes antiaéreas e explosões muito perto de nós. Não tivemos tempo para nos abrigarmos", disse Mitsotakis, após o bombardeamento, descrevendo-o como "uma experiência impressionante". O primeiro-ministro grego salientou que "esta guerra afecta toda a gente e não poupa ninguém".

"A minha presença aqui reflecte o respeito de todo o mundo livre pelo povo ucraniano e sublinha o compromisso da Grécia em permanecer do vosso lado", disse Mitsotakis a Zelensky na primeira visita ao país desde a invasão da Rússia, em Fevereiro de 2022.

A Grécia, membro da NATO e tradicional aliada na tentativa da Ucrânia de aderir à aliança militar e à União Europeia, ofereceu ajuda militar ao país. "Discutimos que outros meios podemos usar para expandir o espaço de segurança no mar Negro. Como podemos adicionar protecção ao nosso povo – tanto militar como civil. Precisamos de mais defesas aéreas", disse Zelensky, acrescentando que a Grécia participaria numa cimeira sobre as negociações para a paz na Suíça.

Os dois dirigentes participaram numa cerimónia de homenagem às 12 vítimas, incluindo cinco crianças, do recente ataque russo a uma zona residencial de Odessa, no passado fim-de-semana.