“Professores na campanha” arrancam esta segunda-feira com acções em Viana do Castelo e Braga

Actualizar os salários, eliminar a precariedade, regularizar os horários, criar regimes específicos de aposentação e de mobilidade por doença voltam a ser algumas das principais reivindicações.

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A valorização da profissão, o reforço dos recursos da escola pública e o aumento do financiamento público da educação integram o caderno reivindicativo dos professores LUSA/JOSÉ SENA GOULÃO
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Os docentes arrancam esta segunda-feira com acções de rua que vão decorrer durante toda a campanha eleitoral até às eleições legislativas de 10 de Março para dar visibilidade às suas reivindicações para a próxima legislatura.

A iniciativa partiu da Federação Nacional dos Professores (Fenprof) que decidiu lançar uma acção de rua intitulada "Professores na campanha" e que irá decorrer em todas as capitais de distrito e regiões autónomas ao longo dos 10 dias úteis da campanha eleitoral.

De norte para sul, em dois distritos por dia, sempre às 10h00 e às 15h00, os professores vão concentrar-se em plenários e fazer circular quatro petições (que já reúnem as assinaturas necessárias para serem discutidas na próxima legislatura): sobre carreiras, precariedade, condições de trabalho e aposentações.

Hoje, as concentrações serão em Viana do Castelo, de manhã, e em Braga, durante a tarde.

O tema deste primeiro dia será o das condições de trabalho dos docentes, onde "relevam os abusos e ilegalidades nos horários de trabalho, a sobrecarga de trabalho burocrático ou o excessivo número de alunos por turma", sublinha a Fenprof em comunicado. Em reuniões internas desde o dia 1, os sindicatos da Fenprof aprovaram uma posição sobre as eleições legislativas, na qual consideram desejável que não haja uma maioria absoluta e consideram "muito negativo" um eventual crescimento da extrema-direita.

Os sindicatos da federação aprovaram um caderno reivindicativo para entregar aos partidos políticos, que fixa objectivos além da recuperação do tempo de serviço. A valorização da profissão, o reforço dos recursos da escola pública e o aumento do financiamento público da educação são as grandes linhas do documento. Actualizar os salários, eliminar a precariedade, regularizar os horários, criar regimes específicos de aposentação e de mobilidade por doença e assegurar o respeito pelos direitos sindicais voltam a ser algumas das principais reivindicações.