Temporada de prémios põe Oppenheimer na pole position dos Óscares

Votações para os Óscares da Academia fecham esta terça-feira. Guildas dos actores e dos produtores endossaram Christopher Nolan; Film Independent Spirit Awards coroaram Vidas Passadas.

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Oppenheimer mantém o favoritismo para os Óscares DR
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Um filme de três horas sem grande acção sobre o homem que desenvolveu a bomba atómica é definitivamente o favorito para os Óscares, cujas votações fecham esta terça-feira. Um dos maiores fenómenos de bilheteira do ano passado, Oppenheimer, de Christopher Nolan, partiu em Janeiro rumo às estatuetas da Academia de Hollywood com o maior número de nomeações (13) e desde então viu sucessivamente reforçado o favoritismo a cada entrega de prémios. Este domingo, conquistou o galardão de melhor filme da Guilda dos Produtores, que nos últimos três anos tem coincidido com o vencedor do Óscar para a mesma categoria. Um dia antes, na cerimónia da Guilda dos Actores, tinha visto Cillian Murphy ser coroado como Melhor Actor Principal e Robert Downey Jr. como Melhor Actor Secundário, garantindo ainda a distinção de Melhor Elenco.

Oppenheimer conquistou também o prémio de melhor filme nos britânicos BAFTA, entregues no passado dia 18, e já tinha recebido o Globo de Ouro para melhor filme dramático em Janeiro. O filme de Nolan saiu no mesmo dia de Barbie, um emparelhamento que ajudou em muito a recuperação das bilheteiras mundiais, inclusive em Portugal (Barbie foi o filme mais visto do ano por cá, Oppenheimer o terceiro).

Igualmente entregues no fim-de-semana, os Film Independent Spirit Awards, dedicados à produção independente – que Oppenheimer não é –, sagraram campeão Vidas Passadas. Isto enquanto eram interrompidos por um homem, numa gravação sucessivamente repetida, a gritar "Palestina livre". O filme de Celine Song, que ganhou também o prémio de Melhor Realização, está nomeado para o Óscar de Melhor Filme.

Da'Vine Joy Randolph, de Os Excluídos, de Alexander Payne, ganhou o prémio de Melhor Interpretação Secundária, que se segue ao prémio da Guilda dos Actores e ao Globo de Ouro, cimentando assim o seu favoritismo para os Óscares. A Melhor Interpretação Principal coube a Jeffrey Wright, por American Fiction, de Cord Jefferson, que ganhou também o prémio de Melhor Guião. O Melhor Filme Internacional foi Anatomia de uma Queda, de Justine Triet, que concorre ao Óscar de Melhor Filme.

Já a Guilda dos Actores consagrou como Melhor Actriz Lily Gladstone, por Os Assassinos da Lua das Flores, de Martin Scorsese. A intérprete tem como competidoras directas, nos Óscares, Emma Stone, por Pobres Criaturas, de Yorgos Lanthimos, que ganhou o Globo de Ouro (Gladstone não estava nomeada).

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