Projecto do CEIIA para evitar emissões vence prémio de inovação da Imprensa Nacional

Projecto do CEIIA, que consiste na criação de uma “identidade climática digital do cidadão”, conquista o primeiro lugar do prémio de inovação da Imprensa Nacional — Casa da Moeda.

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Pedro Gaspar e José Rui Felizardo, do CEIIA, recebem o primeiro prémio de inovação IN3+ CEIIA/DR
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A ideia AYR.ID – Identidade climática digital, proposta pelo CEIIA (Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto), venceu a quarta edição do prémio de inovação IN3+, promovido pela Imprensa Nacional — Casa da Moeda em parceria com a Agência Nacional de Inovação.

O objectivo da proposta é criar uma “identidade climática digital do cidadão”, um perfil capaz de mostrar o desempenho de cada indivíduo no que toca à sustentabilidade. Assim, o contributo de cada um no combate à crise climática torna-se quantificável e ganha maior visibilidade.

A ideia vencedora foi elaborada no CEIIA por Pedro Gaspar, Catarina Selada, José Silva e Helena Silva. A tecnologia que está por trás do AYR.ID advém do projecto-piloto AYR, desenvolvido em parceria com a empresa Uber, que tem sido testado em diferentes cidades do mundo (incluindo Matosinhos) e já foi distinguido pela iniciativa New European Bauhaus e pela Google.

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CEIIA apresentou quinta-feira a plataforma AYR ao director das Nações Unidas, Massamba Thioye, que visitou as instalações do centro em Matosinhos Tiago Bernardo Lopes

“Tem sido mais fácil sermos reconhecidos internacionalmente do que no nosso país. Por isso, considero esta iniciativa da Casa da Moeda muito importante na promoção de uma cultura de mérito em Portugal, permitindo destacar o que melhor se faz no país, como comprovam os projectos finalistas desta edição”, afirma José Rui Felizardo, fundador e director executivo do CEIIA, citado num comunicado da entidade.

A aplicação AYR permite contabilizar a “poupança” de emissões de gases com efeito de estufa através de decisões que tomamos diariamente. Se abrimos mão do carro para ir para o trabalho a pé, de trotineta ou de transportes públicos, evitamos o envio de carbono para a atmosfera. Esta atitude sustentável é registada como um crédito numa conta corrente virtual. Consoante as opções feitas em termos de mobilidade, a poupança pode crescer e os créditos podem ser trocados por benefícios (ou seja, são transaccionáveis). A ideia já foi testada numa escola de Matosinhos, por exemplo.

Outros vencedores: PeT e QuantSecure

O prémio IN3+ é apresentado como o maior prémio de apoio à inovação e investigação nacional, atribuindo prémios que totalizam um milhão de euros. As três ideias vencedoras desta edição receberão um financiamento de até 600, 250 e 150 mil euros (primeira, segunda e terceira colocada, respectivamente) para poderem ser desenvolvidas e testadas.

A Plataforma Privacidade e Transparência (PeT) venceu o segundo prémio. Esta iniciativa pretende “resolver o conflito entre transparência e privacidade no tratamento de dados em serviços de base digital, permitindo a validação de indicadores-chave de desempenho publicados sem revelar os dados subjacentes”, refere a nota de imprensa da Imprensa Nacional – Casa da Moeda. Foi desenvolvida por uma equipa do Inesc-TEC, composta por Ana Nunes Afonso, José Orlando Pereira e Rui Carlos Oliveira.

Já o terceiro prémio foi atribuído à ideia QuantSecure, que consiste numa autenticação com identificadores fotónicos quânticos não clonáveis. O objectivo é recorrer às propriedades quânticas da luz para melhorar a segurança existente nos processos de autenticação. A equipa criadora desta proposta inclui investigadores do Instituto Superior Técnico e da Universidade de Aveiro.

“O QuantSecure pretende resolver o problema da limitada segurança existente nos procedimentos de autenticação de dispositivos, bens ou pessoas”, explica a vencedora Rute Ferreira, professora do departamento de Física da Universidade de Aveiro, citada numa nota da instituição. “Propomos a integração de elementos de segurança de elevado desempenho com soluções inovadoras baseadas nas propriedades quânticas da luz, assegurando assim a integridade absoluta do processo de autenticação”, acrescenta.