Uma exposição para entrar “na terra estreita”, mas pujante, da Palestina

Com obras de artistas palestinianos que trabalham entre a fotografia, o texto, o vídeo ou a instalação, Terra Estreita chega este sábado ao Centro Internacional das Artes José de Guimarães.

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A exposição teve como ponto de partida um poema do escritor palestiniano Mahmoud Darwish e foi pensada antes dos acontecimentos de 7 de Outubro Nelson Garrido
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Johnny, radicado em Nova Iorque, filho de palestinianos expulsos da sua terra natal em 1948, pede a Emily Jacir para tirar fotografias à sua casa de família em Jerusalém e aos nomes das ruas. Pede-lhe também para entregar uma carta aos ocupantes israelitas. Mustafa, nascido e criado em Jerusalém, diz à artista para visitar algumas das famílias que perderam as suas casas em Rafah. Fala em limpeza étnica. Ibrahim, sediado em Nova Iorque, quer que ela encontre a casa da sua família em Jafa. “Como refugiado, tenho sido impedido de visitar o meu país pelos israelitas, que controlam todas as fronteiras, num desafio às resoluções das Nações Unidas.” O desejo de Mohannad, a viver em Riade, também filho de pais expulsos da Palestina em 1948, durante a chamada Nakba, é que a artista vá à praia de Haifa, respire fundo e acenda uma vela por todos aqueles que deram a vida pela Palestina.

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