China envia pandas para os EUA, dando início a uma nova era de “diplomacia-panda”

Pequim está a negociar novas rondas de cooperação internacional para a protecções dos pandas gigantes com zoos dos Estados Unidos, Espanha e Áustria.

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Bing Xing, um dos cinco pandas gigantes do Jardim Zoológico de Madrid, Espanha, em 22 de Fevereiro de 2024 EPA/ZIPI ARAGON
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O panda-gigante Yang Yang e a sua cria Fu Ban no Jardim Zoológico de Schoenbrunn, em Viena, Áustria Reuters/Heinz-Peter Bader
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Bing Xing no Jardim Zoológico de Madrid, Espanha, em Fevereiro de 2024 EPA/ZIPI ARAGON
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Bing Xing no Jardim Zoológico de Madrid, Espanha, em Fevereiro de 2024 EPA/ZIPI ARAGON
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A Associação de Conservação da Vida Selvagem da China está a trabalhar com o Jardim Zoológico de Washington D.C. num acordo que poderá trazer mais pandas de volta aos Estados Unidos, sinalizando a melhoria das relações diplomáticas entre as duas superpotências.

Ao longo dos anos, a China tem emprestado os seus queridos pandas a jardins zoológicos de vários países como embaixadores de boa vontade dos animais e, com este gesto, promoveu também uma moderna "diplomacia do panda" sino-americana.

"As instituições chinesas relevantes assinaram acordos com o Jardim Zoológico de Madrid, em Espanha, e com o Jardim Zoológico de San Diego, nos Estados Unidos, para uma nova ronda de cooperação internacional na protecção dos pandas gigantes", afirmou Mao Ning, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, ao responder a uma pergunta numa conferência de imprensa.

"Estão também a trabalhar com o Jardim Zoológico de Washington D.C., nos Estados Unidos, e com o Jardim Zoológico de Viena, na Áustria, para negociar activamente e lançar uma nova ronda de cooperação."

Anteriormente, a Associação para a Conservação da Vida Selvagem afirmou na sua conta na rede social WeChat que tinha alcançado e assinado acordos para a conservação dos pandas gigantes com vários jardins zoológicos.

Em Novembro, o Jardim Zoológico de Washington D.C. devolveu três pandas à China como parte de um legado de mais de 50 anos, deixando o zoo de Atlanta, na Geórgia, como o único nos EUA com um programa de pandas gigantes — e mesmo essa última família deverá voltar ao seu habitat natural em 2024. Isto significaria a primeira vez em mais de 50 anos em que nenhum zoo dos Estados Unidos acolhe pandas, tendo a estratégia diplomática começado em 1972, quando o Governo chinês ofereceu dois pandas gigantes aos Estados Unidos após a histórica visita do Presidente Richard Nixon à China durante a Guerra Fria.

"Esperamos ansiosamente por uma nova ronda de cooperação internacional para a protecção do panda gigante com os países relevantes, que irá expandir ainda mais os resultados da investigação científica sobre a protecção dos pandas gigantes e de outras espécies ameaçadas e promover os laços e a amizade entre os povos", acrescentou Mao Ning.

No ano passado, a China e os Estados Unidos discordaram sobre uma série de questões internacionais, desde guerras regionais e disputas comerciais a alegações de espionagem. Nos últimos meses, os líderes dos dois países realizaram várias rondas de conversações para aliviar as tensões.