Pontos de consumo de droga da Avenida de Ceuta tapados deixam traficantes irritados

Operação envolve várias unidades e serviços camarários. Toxicodependentes dizem que agora vão mudar-se para o lado. Coordenadora da sala de consumo pede “plano de emergência”.

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Os consumos são feitos em vários pontos da Avenida de Ceuta, mas têm-se concentrado sob a passagem pedonal superior Matilde Fieschi
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“O vosso problema é que falam de mais. Por causa desta porcaria é que agora não nos largam. Calem-se ou levam!”. A ameaça de um traficante a dois consumidores de crack, presenciada pelo PÚBLICO, ao final da tarde desta quarta-feira, junto à passagem superior pedonal da Avenida de Ceuta que, nos últimos dias, tem estado a ser alvo de uma intervenção de limpeza e de emparedamento por parte da Câmara Municipal de Lisboa, pode bem servir como barómetro do nervosismo que se tem espalhado naquela zona conhecida como epicentro do consumo de estupefacientes. Mas, por entre os toxicodependentes que frequentam a área, existe a convicção de que a intervenção apenas terá um efeito cosmético, afastando-os para outros locais nas imediações.

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