A Torre Eiffel está encerrada. O motivo? Greve dos trabalhadores

Uma das atracções francesas com mais visitantes está encerrada há já quatro dias devido à greve dos trabalhadores, que exigem mudança do sistema de gestão do monumento.

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"A minha placa está podre, a gestão da Torre também", lê-se no cartaz de manifestantes junto ao monumento EPA/TERESA SUAREZ
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"Funcionários da Torre Eiffel em greve", desde segunda-feira e sem previsão de fim EPA/TERESA SUAREZ
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"Devido a uma greve, a Torre Eiffel está fechada. Pedimos desculpa." A frase pode ser lida desde segunda-feira, 19 de Fevereiro, por quem se dirige à entrada da Torre Eiffel, em pleno coração de Paris. Nesta quinta-feira, 22 de Fevereiro, o cartaz permanece e desilude os visitantes: quem quer ver a torre com 330 metros de altura só o pode fazer por fora.

Em causa está uma greve dos trabalhadores do monumento, que se opõem à forma como este é gerido financeiramente. Em declarações à Associated Press (AP), visitantes mostraram desagrado. "Estou muito desapontada", disse uma turista norte-americana. "Tenho bilhetes reservados, é desapontante", partilhou um outro turista americano.

Segundo a Reuters, a greve foi convocada por dois sindicatos que reivindicam um aumento do financiamento para manutenção e reparação do monumento à Câmara Municipal de Paris, detentora de 99% da empresa que supervisiona a torre – a Societé d'Exploitation de la Tour Eiffel (SETE). De acordo com os sindicatos, a negligência de que a torre é alvo pode colocar os próprios visitantes em risco. Isto a cinco meses do arranque dos Jogos Olímpicos de Paris, agendado para 26 de Julho.

Como noticia o jornal francês Le Monde, os sindicatos apelaram à câmara de Paris para que fosse razoável nas suas exigências financeiras para garantir a sobrevivência do monumento e da empresa que o explora”. A quem tem bilhete comprado online, a SETE recomendou a consulta antecipada do site para verificar se já é possível entrar na torre — ou, então, adiar a visita.

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A chuva não impede a manifestação em frente à Torre Eiffel, que continua esta quinta-feira EPA/TERESA SUAREZ

Os sindicatos queixam-se também de que a câmara se recusou a reunir com eles: "Temos a sensação de que não estão a levar isto a sério", disse Nada Bzioui, representante do sindicato FO, à agência France-Presse, citada pelo Le Monde.

Em Dezembro, os funcionários da torre, que atrai quase sete milhões de visitantes por ano, já tinham feito greve pelo mesmo motivo. O monumento, aberto, por norma, todos os dias do ano, esteve fechado durante um dia inteiro no período das férias de Natal, época alta para o turismo.

Texto editado por Ana Maria Henriques

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