Consórcio da Sonae garante controlo de 50,10% da cadeia nórdica Musti

Período complementar da oferta pública de aquisição de acções da retalhista de produtos para animais ainda vai decorrer até 6 de Março.

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Cláudia Azevedo, presidente executiva da Sonae, grupo que reforça agora a participação na Musti Nelson Garrido
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O consórcio liderado pela Sonae garantiu uma posição de controlo da Musti, retalhista nórdica de produtos para animais de estimação, ao atingir 50,10% de todas as acções emitidas. Esta posição foi conseguida no âmbito da oferta pública de aquisição (OPA) lançada sobre a empresa, mas também pela aquisição de acções no mercado.

Em comunicado enviado nesta quinta-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Sonae (proprietária do PÚBLICO) indicou que, “no âmbito da oferta pública de aquisição voluntária em curso dirigida a todas as acções emitidas e em circulação da Musti Group Plc, lançada pela sua subsidiária, Flybird Holding Oy, e na sequência da aquisição de acções no mercado, a oferente assegurou 50,10% de todas as acções emitidas”.

Adianta a empresa portuguesa que a participação de controlo “considera o total de aceitações recebidas durante o período da oferta, o qual terminou no dia 15 de Fevereiro de 2024, juntamente com as acções adquiridas ou detidas pela oferente (incluindo as acções a serem aportadas à oferente pelos membros do consórcio)”.

Aquela informação surge dois dias depois de a empresa portuguesa ter comunicado a aquisição de 42,99% das acções da empresa finlandesa na OPA, congratulando-se por adicionar a Musti às suas operações. “Estamos entusiasmados por conseguirmos adicionar a Musti ao nosso portefólio de negócios e, como tal, decidimos prosseguir com a oferta”, afirma Cláudia Azevedo, presidente da comissão executiva da Sonae no comunicado divulgado nesta terça-feira.

Inicialmente, a empresa portuguesa e três quadros da Musti tinham limitado a oferta à aquisição de 90% das acções, condição que foi, entretanto, levantada.

O consórcio deu ainda outro passo, ao iniciar “um período de oferta subsequente para as acções [que não foram vendidas] de acordo com os termos e condições da oferta, o qual terminará no dia 6 de Março de 2024, esperando-se que o resultado preliminar seja conhecido no dia 7 de Março de 2024”.

De acordo com a informação divulgada no final de Novembro, a oferta avalia a Musti, que tem uma rede de 340 lojas, em 868 milhões de euros, em termos de capital próprio.

A Musti é apresentada como “líder de mercado no retalho de produtos para animais de estimação nos países nórdicos (Finlândia, Suécia e Noruega), com uma estratégia omnicanal de sucesso alavancada numa gama de produtos próprios e exclusivos, bem como numa presença única no mundo físico e digital”. No seu último ano fiscal, o volume de negócios da Musti, com uma rede de 340 lojas, ascendeu a 426 milhões de euros, com o EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) a atingir 74 milhões de euros.

A empresa liderada por Cláudia Azevedo “espera que a oferta fique concluída durante o primeiro trimestre de 2024”.

A aquisição reforça a internacionalização e a diversificação de negócios do grupo português.

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