Em Berlim, Margarida Gil põe as Mãos no Fogo
A nona longa-metragem da realizadora é o único filme português a concurso na Berlinale 2024. Uma adaptação livre de Henry James que é também um duelo entre visões de cinema.
É o único filme português a concurso na Berlinale um ano depois do Grande Prémio do Júri para Mal Viver, de João Canijo: Mãos no Fogo, a nona longa-metragem de Margarida Gil (Covilhã, 1950), compete esta quinta-feira na secção paralela Encounters, onde foram apresentados em anos anteriores A Metamorfose dos Pássaros, de Catarina Vasconcelos, e a outra metade do díptico de Canijo, Viver Mal. É uma surpresa para os observadores, porque é a primeira presença a concurso num dos “três grandes” festivais europeus de uma realizadora de longo mas discreto percurso (passou por Veneza em 1987, com Relação Fiel e Verdadeira, a sua estreia na longa, mas fora de competição). E é uma surpresa para a própria: “Quando o meu produtor me disse que ia enviar o filme para Berlim, perguntei-lhe: 'Achas mesmo?'”, conta ao PÚBLICO. “Não acreditei que o seleccionassem, porque é um festival que eu sabia muito ligado politicamente à realidade do momento.”
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