Teresinha Landeiro: “Não é fazendo fusões que inovamos no fado”
Chama pela primeira vez outros autores. Milhanas, Jorge Cruz, Maro, Beatriz Pessoa ou Mário Laginha ajudam a fazer de Para Dançar e para Chorar o seu grande passo de fadista adulta.
À medida que Teresinha Landeiro foi começando a juntar os temas que haviam de dar corpo ao seu terceiro álbum, partilhou-os, como sempre, com o seu maior mestre: o guitarrista Pedro de Castro, que a acompanha desde que, no rasto do fado, começou a frequentar a Mesa de Frades, até integrar o elenco dessa que é uma das mais recomendáveis casas de fados lisboetas, plantada bem no centro de Alfama. E o músico havia de comentar que este disco estava “complicado em termos de assuntos”. “Realmente, é mesmo para chorar”, disse à fadista, sabendo que o título genérico viria a ser Para Dançar e para Chorar, que é editado esta sexta-feira. Teresinha Landeiro estava certa de que o equilíbrio de forças entre temas mais densos e mais ligeiros estava garantido no alinhamento final, mas este alinhamento, em que versos em torno do suicídio se juntavam a outros aludindo à eutanásia e à doença de Alzheimer, pareciam trazer um certo peso inesperado para a sua música.
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