Em Rooting for Love estamos no espaço com Laetitia Sadier
Há uma sabedoria plácida, irónica, por vezes, sombria no quinto disco a solo da vocalista dos Stereolab.
Nos anos 90 do século XX, o charme dos Stereolab não se encontrava apenas no espírito europeu da banda franco-britânica ou na elegância atmosférica das composições, mas na sensação de um paradoxo: as melodias, os ritmos e a voz lânguida de Laetitia Sadier (Vincennes, 1968) pareciam contrariar as letras inspiradas na Escola de Frankfurt e em Guy Debord. À crítica da teoria sobrepunha-se, despudorada, a doçura multicolor da pop. Mesmo nos momentos mais experimentais da banda, o desejo de acção revolucionária decantava-se numa contemplação doce e introspectiva. Eram os anos 90, a História estaria, afinal, a chegar ao seu fim.
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