Pobreza ameaça quase metade dos desempregados e 10% dos trabalhadores

A taxa de risco de pobreza agravou-se para os desempregados e recuou entre os trabalhadores. Destes, 10% continuam a ser pobres, segundo o INE.

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Risco de pobreza também é maior na população reformada Nelson Garrido (arquivo)
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O risco de pobreza diminuiu entre os portugueses que trabalham, mas agravou-se na população desempregada. De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) nesta terça-feira, quase metade (46,7%) dos desempregados em Portugal está em risco de pobreza, verificando-se neste grupo intensidades de pobreza e de desigualdade na distribuição do rendimento "muito elevadas". Aliás, a taxa de risco de pobreza verificada foi, em 2022, cinco vezes a da população empregada (que ficou pelos 10%). Feitas as contas, por comparação a 2021, o risco de pobreza para a população desempregada aumentou em mais 3,3 pontos percentuais, mas, como sublinha o investigador Fernando Diogo, "os desempregados em situação de pobreza representam um universo relativamente pequeno em relação ao dos trabalhadores porque a maior parte das pessoas trabalha."

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