Sonae “entusiasmada” por adicionar a Musti ao seu portfólio de negócios
Resultado da OPA garante ao consórcio liderado pela empresa portuguesa 42,99% das acções e dos direitos de voto da retalhista nórdica de produtos para animais de estimação.
A oferta pública de aquisição (OPA) lançada por um consórcio liderado pela Sonae sobre a Musti Group Plc, retalhista nórdica de produtos para animais de estimação, garantiu 42,99% das acções e dos direitos de voto, “calculados numa base totalmente diluída”, anunciou esta terça-feira a empresa portuguesa.
Apesar do número de acções adquiridas ter ficado abaixo da meta desejada de 90%, a empresa liderada por Cláudia Azevedo e os restantes parceiros (três quadros da empresa) abdicaram dessa condição inicial, aceitando o resultado alcançado, e iniciando “um período subsequente em que os accionistas que não aceitaram a oferta o possam ainda vir a fazer”. Esse período decorrerá a partir desta quarta-feira, 21 de Fevereiro, a 6 de Março.
"Estamos entusiasmados por conseguirmos adicionar a Musti ao nosso portefólio de negócios e, como tal, decidimos prosseguir com a oferta”, afirma Cláudia Azevedo, presidente da comissão executiva da Sonae (proprietária do PÚBLICO), em comunicado divulgado ao mercado.
Na comunicação, divulgada após o apuramento oficial da OPA, anunciado esta terça-feira, a CEO declara-se confiante de que “o consórcio liderado pela Sonae é o accionista ideal para agilizar a expansão da Musti e focar-se na satisfação das necessidades dos seus clientes”.
De acordo com a informação divulgada no final de Novembro, a oferta avalia a Musti, que tem uma rede de 340 lojas, em 868 milhões de euros, em termos de capital próprio.
A Musti é apresentada como “líder de mercado no retalho de produtos para animais de estimação nos países nórdicos (Finlândia, Suécia e Noruega), com uma estratégia omnicanal de sucesso alavancada numa gama de produtos próprios e exclusivos, bem como numa presença única no mundo físico e digital”.
No seu último ano fiscal, o volume de negócios da Musti, com uma rede de 340 lojas, ascendeu a 426 milhões de euros, com o EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) a atingir 74 milhões de euros.
A aquisição reforça a internacionalização e a diversificação de negócios do grupo português.