Concurso

“Vamos Fazer um Plano”? O teu trabalho sobre cultura pode ser lido no PÚBLICO

Concurso do Plano Nacional das Artes e do PÚBLICO na Escola premeia os cinco melhores trabalhos. Inscrições abertas até ao dia 31 de março.

literacia-mediatica,educacao-media,publico-escola,
Foto

Tudo começou com uma pergunta lançada na aula de música: que bandas conhecem na vossa região? Foi assim que a professora Dulce Costa, do Agrupamento de Escolas de Caldas de Vizela, motivou os alunos da turma para irem à descoberta da paisagem musical da cidade e participarem no concurso “Vamos Fazer um Plano”. Fizeram entrevistas, tiraram fotografias, foram persistentes — e ficaram entre os cinco vencedores de 2023. O Plano Nacional das Artes e o PÚBLICO na Escola estão agora à procura dos próximos vencedores, que podem candidatar-se até ao dia 31 de março.

Desde 2021-22, o Plano Nacional das Artes (PNA) e o PÚBLICO na Escola têm lançado o convite a estabelecimentos de ensino do 3.º ciclo do ensino básico e do ensino secundário do continente, regiões autónomas e de escolas portuguesas no estrangeiro. Devem escrever sobre a cultura do território que habitam e dá-la a conhecer num plano, trabalho jornalístico que ocupa duas páginas lado a lado. Os vencedores têm direito a um processo de mentoria com jornalistas do PÚBLICO, para aprimorar o seu trabalho, que verão mais tarde publicado num caderno especial do jornal. Além disso, poderão visitar a redação do jornal em Lisboa e conhecer de perto os bastidores.

As candidaturas devem ser submetidas por um professor, através de formulário; são elegíveis candidaturas individuais ou de grupo. Entre os critérios de valorização estão a criatividade e sentido crítico, diversidade de géneros jornalísticos, qualidade e adequação da escrita e da linguagem gráfica. Os trabalhos a concurso serão avaliados por um júri composto por representantes do PÚBLICO/PÚBLICO na Escola e do PNA, os vencedores serão anunciados em abril de 2024. As informações necessárias à preparação da candidatura estão reunidas no regulamento.

Nas duas edições do “Vamos Fazer um Plano” já foram distinguidos trabalhos de Castro Daire, Armamar, Arganil, Covilhã, Colos (Odemira), Maputo (Moçambique), Vila Verde, Vizela e Biscoitos (Praia da Vitória, na ilha Terceira). Falavam sobre artesanato, música, moda, saúde mental, uma estação arqueológica, um festival de curtas-metragens, dança, sustentabilidade e projetos escolares que se relacionavam com algumas destas áreas. Trouxeram um olhar de proximidade, estabeleceram um diálogo com outras gerações e deram a conhecer tradições que se estão a perder, mas também o que de novo tem surgido.

E se já houve um caso em que o plano feito por um grupo de alunos teve consequências concretas — aconteceu em Castro Daire, onde uma estação arqueológica abandonada ganhou outra atenção por parte do município —, houve outro tipo de consequência que se repetiu em cada grupo de vencedores. Passaram a conhecer melhor o contexto cultural em que se inserem. Mas também ficaram orgulhosos por darem a conhecê-lo a outras pessoas: “Somos uma escola do interior e nunca pensámos que as nossas histórias despertariam a curiosidade de alguém da cidade”, disse Gabriel Fernandes, então aluno do 7.ºA, depois de ter ganho com a turma de Armamar, no ano passado.

À semelhança dos anos anteriores, a terceira edição do concurso é acompanhada de uma Ação de Curta Duração para professores — “O jornal como recurso pedagógico III” —, que terá lugar no dia 28 de fevereiro à tarde e cujos detalhes serão divulgados em breve.