Sporting mudou de camisola, o resto ficou igual

“Leões” triunfaram sem discussão no campo do Moreirense e voltam a colar-se ao Benfica no topo do campeonato, ainda com um jogo em atraso.

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Morita marcou o primeiro golo do Sporting EPA/HUGO DELGADO
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O Sporting já tinha usado três camisolas diferentes esta época: a tradicional, das riscas horizontais verdes-e-brancas, a dourada à CR7 e a branca. Ganhou com todas elas. Nesta segunda-feira, o “leão” mudou de pele, para um equipamento totalmente preto (camisola, calções e meias), mas a identidade foi a mesma e o resultado também, com um triunfo por 0-2 no Minho sobre o Moreirense no jogo que fechou a 22.ª jornada da liga portuguesa. O Sporting voltou a colar-se ao Benfica no topo do campeonato (ambos têm 55 pontos), tendo ainda um jogo por disputar em Famalicão – que ainda não tem data.

Não foi uma vitória tão exuberante como as que conseguiu neste último mês, mas foi de uma segurança e de uma certeza a toda a prova perante um Moreirense que tem sido uma boa surpresa neste campeonato – 6.º lugar – e que costuma dificultar a vida aos visitantes. Os “leões” não foram apenas superiores, foram muito superiores, mesmo que a diferença no marcador sugira um equilíbrio maior. Quantos remates fez o Moreirense em todo o jogo? Uma mão cheia. E só o último, no último minuto, é que passou perto da baliza de Adán. E o Sporting? Fez duas dezenas. E só marcou dois golos.

O Sporting tinha pressa em chegar ao golo e não tardou muito após o apito inicial de Fábio Veríssimo. Pouco mais de dois minutos tinham passado quando os “leões” se colocaram em vantagem com um golo de autoria difícil de definir. Num canto de Trincão pela direita, a bola voou até à pequena área – o guardião Kewin hesitou na abordagem ao lance e aterrou no meio de uma disputa territorial entre Morita e Frimpong. O golo acabaria por ser atribuído ao médio japonês (o segundo da época), depois de também ter batido no lateral neerlandês do Moreirense.

Depois do seu golo mais rápido da época no campeonato, a equipa de Rúben Amorim foi à procura de mais e teve múltiplas oportunidades para o fazer. Kewin foi adiando como pôde, mas o golo acabaria mesmo por aparecer aos 23’. Geny foi solicitado no flanco direito, jogou com Trincão e o ex-Barcelona tocou para Pedro Gonçalves. Do seu pé direito, a bola foi para dentro da baliza – 13.º golo da época, oitavo no campeonato.

Como respondeu o Moreirense aos dois golos sofridos com menos de um terço do jogo cumprido? Teve um canto aos 38’ e um remate inconsequente na mesma altura. O seu melhor elemento era mesmo o seu guarda-redes, que até nem estava particularmente inspirado, mas impediu um resultado mais desnivelado durante a primeira parte. O jogo mudou um pouco na segunda parte, no sentido em que o Moreirense conseguiu, não equilibrar, mas reduzir o desequilíbrio. E os “leões” ajudaram, menos activos na procura de outra robustez no resultado.

Rui Borges não terá gostado daquilo que viu na primeira parte, mas terá gostado de ver o seu Moreirense não se render à goleada. E Amorim, seguramente agradado com a dinâmica e eficácia nos primeiros minutos, não costuma gostar de quebras de intensidade nas segundas partes. Mas o essencial estava feito. Vitória, a oitava consecutiva no campeonato, pontos, golos e primeiro lugar partilhado. E nem foi preciso Viktor Gyökeres (primeira referência ao sueco nesta crónica) assumir o protagonismo. Deixou esse papel para outros.

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