Consumo de cimento atinge máximo de 12 anos em Portugal
Volume total de concursos de empreitadas de obras públicas promovidos aumentou 65,3% para 6048 milhões de euros, segundo a AICCOPN.
O consumo de cimento em Portugal totalizou 3904 milhares de toneladas em 2023, mais 1,8% face ao ano anterior, o melhor ano desde 2011, revelou esta quarta-feira a AICCOPN.
Em 2011, o consumo de cimento tinha ascendido a 4552 milhares de toneladas, contextualizou a AICCOPN - Associação dos Industriais do Sector da Construção Civil e Obras Públicas, no comunicado emitido.
O valor bruto da produção gerado no sector da construção em Portugal, por seu turno, apresentou um crescimento de 3,4% em 2023, para 18.702 milhões de euros, face ao ano anterior, adianta a associação do sector.
A nota citada refere ainda que, em 2023, no segmento das obras públicas se verificou um “crescimento significativo”, quer no que concerne aos concursos de empreitadas de obras públicas abertos, quer relativamente aos contratos de empreitadas de obras públicas, objecto de celebração e registo no Portal Base.
Nesse sentido, em 2023, o volume total de concursos de empreitadas de obras públicas promovidos apresentou um aumento de 65,3% para 6048 milhões de euros.
Quanto ao volume total dos contratos de empreitadas de obras públicas celebrados e objecto de reporte no Portal Base, o mesmo situou-se em 3699 milhões de euros, o que representou um acréscimo de 48,2%, em termos homólogos comparáveis.
Até Setembro daquele ano, a AICCOPN dá nota de que o licenciamento municipal de obras denotou uma queda de 8,8% nas licenças para edifícios novos e de 6,3% nas licenças para reabilitação e demolição, em relação a igual período do ano anterior.
No entanto, apesar desta evolução negativa no número de edifícios licenciados, apuraram-se crescimentos de 5,8% no número de alojamentos licenciados em construções novas, que totalizaram 29.821, e de 5,7% na área licenciada para edifícios não-residenciais, neste período.
Já ao nível da avaliação bancária na habitação, ao longo de 2023, manteve-se uma trajectória de crescimento, que culminou num aumento de 5,3% no mês de Dezembro, em relação a idêntico mês do ano anterior.
O aumento de 5,3% também verificado em Janeiro resultou da subida de 4,3% nos apartamentos e de 5,4% nas moradias.