Lagos continua reservada aos “grandes” da Volta ao Algarve

Tal como nos últimos anos, foi um dos principais sprinters do pelotão internacional a ser feliz na rápida e sempre emotiva chegada a Lagos.

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O fim da primeira etapa no Algarve LUSA/LUÍS FORRA
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Gerben Thijssen (Wanty) venceu nesta quarta-feira a primeira etapa da Volta ao Algarve. O ciclista belga foi o mais forte na chegada a Lagos, num desfecho que cumpriu a expectativa de final ao sprint.

Esta é a primeira vitória do velocista na prova portuguesa, podendo correr a etapa 2 com a camisola amarela no corpo, símbolo de líder da classificação geral.

A chegada a Lagos não se tratou de um triunfo surpreendente. Neste início de temporada, Thijssen já tinha vencido o Trofeo Palma, em Espanha, e cumpriu a tradição de Lagos ter sempre vitórias de ciclistas já com resultados de relevo no pelotão internacional, como Kristoff, Jakobsen, Degenkolb, Groenwegen, Gaviria, Greipel ou, anos antes, o italiano Petacchi.

Thijssen até pode fugir um pouco a essa estirpe, mas já teve resultados importantes frente aos melhores do mundo, pelo que não destoa do nível habitual dos vencedores em Lagos.

Fuga "portuguesa"

Na etapa mais longa desta Volta ao Algarve (mais de 200 quilómetros), a primeira etapa teve, como se esperava, uma fuga formada desde cedo e, também como já seria previsível, com muitos ciclistas de equipas portuguesas – cuja oportunidade de brilharem surgirá mais durante as etapas do que nos finais.

A fuga teve sete corredores, seis deles de formações nacionais, e chegou a ter mais de três minutos de avanço para o pelotão.

Mas a aproximação à meta, conjugada com o vento forte que prejudica mais os fugitivos do que o pelotão, acabaram por neutralizar boa parte da fuga. O resistente foi Tobias Bayer, o único fugitivo que não era de equipas portuguesas.

A menos de 30 quilómetros da meta houve uma queda num curto troço de calçada portuguesa em que o pelotão até já estava alongado pelo estreitamento de estrada. Resultado: muitos ciclistas no chão e atraso momentâneo mesmo para quem não caiu, mas ficou travado pelo “engarrafamento” – um deles Wout van Aert.

A fuga acabou a cerca de 20 quilómetros da meta e começou a luta dos “comboios”. O final tinha duas rotundas traiçoeiras, algo que alongou um pouco o grupo antes dos ataques finais numa recta bastante longa.

Aí, Rui Oliveira, da Emirates, atacou de forma surpreendente, descoordenando os “comboios” e obrigando alguns sprinters a lançarem os seus ataques demasiado cedo. Sem se dar muito por ele, Thijssen acabou por vencer com grande facilidade, batendo Marjin van der Berg e Jordi Meeus, dois dos favoritos.

Rui Oliveira foi o melhor português, em sexto, e Luís Mendonça, da Sabgal, foi o melhor de equipas portuguesas, em décimo.

Para esta quinta-feira está desenhada uma das duas etapas de montanha, com final na subida ao alto da Fóia.

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