Centro de Ciências do Mar apoia dois parques eólicos offshore em Portugal

Colaboração entre as duas entidades prevê o estudo do potencial impacto dos parques eólicos offshore na flora e fauna marinhas e actividades de formação e de divulgação científica.

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Em causa estão dois parques eólicos planeados pela IberBlue Wind para Portugal, ao largo da Figueira da Foz, no distrito de Coimbra, e de Viana do Castelo Reuters/TOM LITTLE/ARQUIVO
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A minimização do impacto dos parques eólicos offshore na flora e fauna marinhas é o objectivo de um acordo de colaboração assinado entre o MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente e a empresa IberBlue Wind.

Em comunicado enviado nesta segunda-feira, esta joint venture especializada na promoção de projectos eólicos offshore flutuantes, que opera no mercado ibérico, informou que "colaborará com o MARE no desenvolvimento de actividades científicas relacionadas com o estudo dos ecossistemas aquáticos, actividades de inovação, transferência de conhecimento e outras actividades de formação e de divulgação científica".

O acordo é dirigido ao desenvolvimento de dois parques eólicos planeados pela IberBlue Wind para Portugal, ao largo da Figueira da Foz, no distrito de Coimbra, e de Viana do Castelo.

"A colaboração entre as duas entidades tem como objectivo estudar o potencial impacto dos parques eólicos offshore na flora e fauna marinhas", acrescentou.

O trabalho conjunto das duas entidades permitirá conceber "soluções que garantam a coexistência das instalações com o meio natural da zona de implantação das eólicas, reduzindo o seu potencial impacto sobre a população piscícola e promovendo a sustentabilidade da actividade pesqueira".

A parceria abrange os projectos "Botafogo", junto à Figueira da Foz, para um parque eólico com uma área prevista de 359 quilómetros quadrados (km2) e uma potência instalada de 990 megawatts (MW), e "Creoula", nas proximidades de Viana do Castelo, com uma superfície de 413 km2 e uma potência instalada de 1440 MW.

Em conjunto, segundo a nota, os dois projectos "poderão fornecer energia limpa" a mais de 1,6 milhões de habitações.

Na assinatura do acordo, participaram Pedro Raposo Almeida, director do MARE, e Enrique de Farago, Manuel Monteiro e Tiago Morais, em representação da IberBlue Wind, bem como os investigadores José Lino Costa e Bernardo Quintella, daquele centro científico, e Hugo Miranda, vice-director da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

A IberBlue Wind é constituída pelas empresas espanholas Proes Consultores e FF New Energy Ventures, além do grupo irlandês Simply Blue, líder em energia eólica flutuante offshore.